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Entrevista: Rotas aéreas China-México servem como uma importante ponte para promover intercâmbios bilaterais, diz especialista mexicana

(240714) -- CIUDAD DE MÉXICO, 14 julio, 2024 (Xinhua) -- Imagen del 13 de julio de 2024 de una aeronave de Hainan Airlines de China cruzando una puerta de agua de bienvenida en el Aeropuerto Internacional de la Ciudad de México, en la Ciudad de México, capital de México. La nueva ruta aérea directa que conecta Beijing, la capital de China, con la Ciudad de México, fue lanzada el sábado, con una escala en Tijuana. (Xinhua/Francisco Cañedo) (rtg) (da) (ah)

México – O México e a China estão em um momento “muito importante” em seu relacionamento, e a nova rota aérea entre a Cidade do México e Beijing, operada desde o último sábado pela empresa chinesa Hainan Airlines, simboliza “uma ponte muito importante” e promissora para intercâmbios bilaterais e também para fortalecer ainda mais os laços entre os dois países, disse à Xinhua Raquel León de la Rosa, especialista mexicana em assuntos asiáticos com mestrado em estudos sobre a China.

   “Essa é uma conquista muito importante em termos de conectividade entre dois países, que hoje são fundamentais na economia global. Isso definitivamente terá um impacto não apenas no lado econômico, mas também no intercâmbio cultural e obviamente social entre a China e o México”, ressaltou ela em entrevista, que também é professora e pesquisadora do bacharelado em negócios internacionais da Benemérita Universidad Autónoma de Puebla.

   Esse voo de passageiros recém-inaugurado, que se junta àquele oferecido desde maio pela China Southern Airlines na rota Cidade do México-Shenzhen (sul da China), opera duas vezes por semana entre a Cidade do México e Beijing com uma escala na cidade fronteiriça mexicana de Tijuana, que já começou a dar frutos ao facilitar a conectividade entre mexicanos e chineses.

   De acordo com a especialista, a conectividade global em termos de comércio e investimento é hoje um dos pontos mais importantes, razão pela qual “tantos esforços foram feitos” com a China, por meio de diferentes painéis de cooperação com o objetivo de alcançar maior intercâmbio, colaboração e crescimento mútuo em áreas culturais e turísticas, algo que também foi estendido aos países da América Central.

   De acordo com dados oficiais do México, cerca de 161.316 turistas chineses visitaram o país asteca em 2023, tornando a China o primeiro país em termos de turistas para o México entre as nações asiáticas. Durante sua estadia, os turistas chineses gastaram mais de US$ 181 milhões, um aumento de 8,5% em comparação com 2019, o ano anterior à pandemia de COVID-19.

   Em 2024, a China demonstrou ainda mais potencial para impulsionar o mercado de turismo mexicano. De acordo com o Secretário de Turismo do México, Miguel Torruco Marqués, 84.558 turistas chineses já chegaram ao país de janeiro a maio de 2024, registrando um aumento de 48,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.

   Recentemente, as rotas aéreas Beijing-Madri-Havana e Beijing-Madri-São Paulo também foram retomadas, o que, segundo a sinóloga mexicana, reforça os intercâmbios entre a China e a América Latina e Caribe, que nos últimos anos têm mostrado “maior dinamismo” em termos de cooperação política, econômica, cultural, tecnológica e ecológica, etc.

   Ela explicou que essa conectividade reforça os laços históricos do país asiático com Cuba e também com o Brasil, lembrando que o país sul-americano continua sendo o parceiro mais importante da China na região a nível político e econômico, e que esse vínculo gera “uma maior diversificação da cooperação” entre a China e a região da América Latina e do Caribe.

   Também lembrou que, para a China, a amizade entre as nações está na aproximação dos povos, e é por isso que a China tem trabalhado com a região para construir, de mãos dadas, uma comunidade com futuro compartilhado de progresso comum, traçando o caminho para fortalecer os intercâmbios e desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica entre os dois lados.

   Nesse sentido, ela reconheceu que a conectividade, além de fortalecer os laços comerciais e de investimento, contribui para manter a cooperação pragmática nas esferas cultural, educacional, acadêmica e esportiva, entre outras, bem como a fraternidade entre os dois povos.

   “De certa forma, esses voos permitem reduzir as distâncias geográficas que possam existir”, disse a especialista mexicana, insistindo que a retomada desses novos voos da China, que serve como um novo ponto de partida histórico, “abre um importante canal de comunicação e conectividade não apenas com o próprio México, mas também com o resto da América Latina”.

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