Beijing – Os esforços contínuos da China para promover novas forças produtivas de qualidade injetarão novo vigor no desenvolvimento global, de acordo com especialistas financeiros e autoridades relevantes.
Durante o último episódio da Mesa Redonda Econômica da China, uma plataforma de palestras envolvendo todas as mídias organizada pela Agência de Notícias Xinhua, os palestrantes convidados concordaram que essa estratégia de desenvolvimento não só gerará grandes oportunidades para investidores globais que buscam crescimento impulsionado pela inovação, mas também criará um futuro mais próspero e sustentável para o mundo.
Introduzidas pela primeira vez em 2023, as novas forças produtivas de qualidade referem-se à produtividade avançada liberada do modo tradicional de crescimento econômico e dos tradicionais caminhos de desenvolvimento da produtividade. Elas apresentam alta tecnologia, alta eficiência e alta qualidade.
CRIANDO NOVAS OPORTUNIDADES
“Juntamente com as empresas chinesas, os investidores globais estão aproveitando uma nova rodada de oportunidades decorrentes do desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade”, disse Wang Jinxia, vice-diretor da Autoridade de Qianhai. Qianhai é uma zona de demonstração da indústria de serviços modernos na potência econômica do sul de Shenzhen.
Wang observou que, como a China continua sendo o maior mercado do mundo, o desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade continuará a gerar demanda de mercado, atraindo um número crescente de investidores globais.
Visando novas oportunidades de negócios, as empresas estrangeiras investiram mais de US$ 40 bilhões em Qianhai, segundo dados oficiais.
“Além disso, o desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade está oferecendo aos investidores globais oportunidades de desempenhar um papel mais importante na última rodada da revolução tecnológica e da globalização”, disse Wang.
A multinacional francesa Schneider Electric estabeleceu vários centros de pesquisa e desenvolvimento na China em 2023 sobre energia digital, automação e inteligência artificial.
“A importância do mercado chinês, do meu ponto de vista, não mudou”, disse Barbara Frei, vice-presidente executiva da Schneider Electric, em entrevista recente à Xinhua. Ela expressou confiança na posição da China como uma economia mais madura e o maior mercado de automação industrial, e destacou o papel do país como um “impulsionador da inovação”.
Em meio aos últimos esforços da China para promover novas forças produtivas de qualidade, o vice-primeiro-ministro Zhang Guoqing enfatizou recentemente a necessidade de integrar a inovação científica e tecnológica com a inovação industrial, pedindo esforços para promover atualizações de equipamentos e tecnologias em larga escala no setor de manufatura da China.
O país também se comprometeu a continuar reduzindo sua lista negativa para investidores estrangeiros, eliminando todas as restrições para aqueles que entram no setor de manufatura do país.
Impulsionado pelo foco inabalável do país em inovação, o investimento estrangeiro direto nos setores de manufatura de alta tecnologia da China atingiu 37,76 bilhões de yuans (US$ 5,32 bilhões) durante o primeiro trimestre deste ano, de acordo com o Ministério do Comércio.
ALIMENTANDO A MUDANÇA VERDE GLOBAL
À medida que a China continua a cultivar novas forças produtivas de qualidade por meio da inovação de tecnologia científica, o país também está compartilhando suas tecnologias inteligentes, ecológicas e inclusivas com outros países, disse Liu Dongmei, secretária do Comitê do Partido da Academia Chinesa de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, durante a Mesa Redonda Econômica da China.
O mundo está enfrentando desafios que incluem segurança alimentar, desastres naturais e mudanças climáticas, observou Liu, acrescentando que, com sua rica experiência, a China tem muito a oferecer no tratamento dessas questões.
“O país está desenvolvendo novas forças produtivas de qualidade de forma aberta e inclusiva, o que significa que está disposto a compartilhar seu conhecimento e resultados de inovação com o resto do mundo”, disse Liu. “Acredito que o desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade é essencial não apenas para impulsionar o crescimento econômico global, mas também para forjar um futuro melhor para a humanidade como um todo.”
Frei disse que a China possui liderança global no fornecimento de componentes para mercados renováveis, incluindo turbinas eólicas, painéis solares e baterias de veículos elétricos. “No cenário energético atual, a China lidera o caminho.”
O relatório Renováveis 2023, da Agência Internacional de Energia (AIE), descreveu a China como a “potência mundial das energias renováveis”, citando a atratividade econômica das tecnologias de energia renovável, bem como um ambiente político favorável. “O papel da China é fundamental para atingir a meta global de triplicar as energias renováveis, pois se espera que o país instale mais da metade da nova capacidade exigida globalmente até 2030”, afirma o relatório.
De acordo com Fatih Birol, diretor executivo da AIE, a China é a “campeã mundial em energia limpa” devido ao seu excelente progresso em energia solar e eólica, veículos elétricos e baterias de energia, o que ajuda a reduzir os preços dos equipamentos de energia limpa para outros países.