Rio de Janeiro – A inflação no Brasil subiu 0,46% em maio, superando a taxa de 0,38% de abril e dobrando a de 0,23% em maio de 2023, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado de maio, o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil alcançou 2,27% nos primeiros cinco meses do ano, sendo que nos últimos doze meses até maio, o indicador ficou em 3,93%, superando os 3,63% dos doze meses imediatamente anteriores.
Esta é a primeira vez desde outubro passado que a inflação acumulada em doze meses supera a cifra anterior.
Para este ano, o governo e o Banco Central fixaram como meta uma inflação de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que permite que o indicador fique entre 1,5% e 4,5%.
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, oito tiveram um aumento dos preços em maio, liderados por saúde e cuidados pessoais (0,69%), alimentação e bebidas (0,62%) e habitação (0,67%).
Alimentos guiaram o avanço do IPCA em maio. Com alta de 0,62% na comparação com abril, o grupo determinou a oscilação acima do esperado do indicador. O aumento foi influenciado pelos tubérculos, raízes e legumes (+6,33%).
O destaque foi da batata-inglesa, que disparou 20,61% e respondeu pelo maior impacto individual sobre o índice geral. A tragédia no Rio Grande do Sul também pode ter impactado o aumento dos preços, já que parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o estado, que é uma das principais regiões produtoras.
O IBGE alertou ainda que o impacto do desastre ambiental no Rio Grande do Sul poderá ser observado nos próximos meses em várias cadeias, com a interrupção em cadeias produtivas, problemas logísticos, problemas no solo e perdas de equipamentos, por exemplo.
Em 2023, a inflação no Brasil foi de 4,62%, a menor desde 2020. Segundo o mercado financeiro, o aumento dos preços este ano no país será de 3,78%.
