Wenchang, Hainan – A sonda lunar Chang’e-6 está programada para ser lançada entre as 17h e as 18h (horário de Beijing) desta sexta-feira, com a janela de lançamento preferencial prevista para as 17h27, informou a Administração Espacial Nacional da China (CNSA).
A missão Chang’e-6 tem a tarefa de coletar e trazer de volta à Terra amostras do misterioso lado oculto da Lua, o primeiro empreendimento desse tipo na história da exploração lunar humana.
O foguete Longa Marcha-5 Y8, que transportará a sonda Chang’e-6, iniciou o processo de abastecimento com propelente criogênico de oxigênio líquido no Campo de Lançamento Espacial de Wenchang, na costa da província insular de Hainan, no sul da China, acrescentou a CNSA. Este propelente servirá como combustível para o foguete transportador.
A nave espacial Chang’e-6 é composta por um orbitador, um módulo de pouso, um ascendente e um retornador.
A missão transportará quatro cargas úteis desenvolvidas por meio de cooperação internacional. Instrumentos científicos da França, Itália e da Agência Espacial Europeia estão a bordo do módulo de pouso da Chang’e-6, enquanto um pequeno satélite do Paquistão está a bordo do orbitador.
Cerca de 50 convidados de 12 países e organizações internacionais foram convidados pela CNSA para participar de um workshop com foco nas cargas úteis internacionais transportadas pela Chang’e-6 e para testemunhar o lançamento em Hainan.
Uma cratera de impacto conhecida como bacia Apollo, localizada dentro da Bacia do Polo Sul-Aitken, no lado oculto da Lua, foi escolhida como o principal local de pouso e amostragem para a missão Chang’e-6.
Depois que a espaçonave chegar à Lua, ela fará um pouso suave. Dentro de 48 horas após o pouso, um braço robótico será estendido para coletar rochas e solo da superfície lunar, enquanto uma broca será usada para perfurar o solo. O trabalho de detecção científica será realizado simultaneamente.
Depois que as amostras forem seladas em um recipiente, o ascendente decolará da Lua e se acoplará ao orbitador na órbita lunar. O retornador então trará as amostras de volta à Terra, para pousar em seguida na bandeira de Siziwang, na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China. Toda a missão deve durar cerca de 53 dias, segundo a CNSA.