Rio de Janeiro – Desde o início de janeiro, Brasil já registrou 920.427 casos prováveis de dengue. O país contabiliza ainda 184 mortes confirmadas pela doença e há 609 óbitos em investigação, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde.
O número representa mais da metade do total de diagnósticos da doença identificados por estados e municípios ao longo de 2023, quando houve 1,658 milhão de casos.
O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 453,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Entre os casos prováveis, 55,3% são de mulheres e 44,7% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de casos de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Quanto aos estados mais afetados, Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (311,3 mil), seguido por São Paulo (161,3 mil), Distrito Federal (98,1 mil) e Paraná (94,3 mil).
Quando se considera o coeficiente de incidência, o Distrito Federal ocupa o primeiro lugar (3.484 casos por 100 mil habitantes), seguido por Minas Gerais (1515), Acre (828) e Paraná (824).
A vacinação contra a dengue começou este mês e está dirigida a crianças de 10 e 11 anos. No final desse ano, a vacinação com Qdenga, nome comercial do imunizante, se estenderá aos adolescentes de 12, 13 e 14 anos que vivem nos 521 municípios prioritários selecionados.
Os municípios foram escolhidos para receber os primeiros lotes de vacinas porque estão em zonas com uma alta incidência de dengue de tipo 2 (serotipo 2), que causa a infecção mais grave da doença.
A restrição das regiões que receberam a vacinação se deve às dificuldades apresentadas pela produção e fornecimento do imunizante.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, este ano foram adquiridas 5,2 milhões de vacinas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, a partir de 2009, a magnitude do problema da dengue no mundo tem aumentado drasticamente, além de se estender geograficamente a muitas zonas antes não afetadas pela doença.
A avaliação da OMS é que a dengue foi e continua sendo a doença viral humana mais importante transmitida por artrópodes, o grupo de animais invertebrados que inclui o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.