Teerã – Qualquer visitante da Semana da Cultura Chinesa realizada na Universidade de Teerã ficará surpreso com o chá chinês, a comida e várias obras de arte produzidas por meio de nós chineses e corte de papel tradicional – todos exibidos por estudantes iranianos de chinês.
“Acredita-se que os nós chineses trazem boa sorte e funcionam como amuletos que podem afastar os maus espíritos”, disse Zeinab Ghafourian, 19 anos, estudante do segundo ano de chinês no Instituto Confúcio da Universidade de Teerã, durante entrevista à Xinhua na terça-feira.
A Semana da Cultura Chinesa, que começou no instituto no último sábado e durará até quarta-feira, tem como objetivo apresentar a cultura chinesa a mais iranianos.
Realizado no saguão do instituto, que foi criado em 2009, o evento exibiu uma série de obras de arte que contêm diferentes elementos da cultura chinesa, produzidas por professores e estudantes iranianos da universidade.
Sobre os motivos pelos quais ela escolheu estudar o idioma chinês, Ghafourian disse que se interessa pelas culturas do leste asiático desde a infância. “Além disso, os filmes chineses têm se tornado cada vez mais populares”, disse ela.
Mais importante ainda, considerando os bons laços do Irã com a China, o domínio do idioma chinês “oferece melhores perspectivas de emprego” no mercado de trabalho iraniano em comparação com outros idiomas, explicou ela.
Mohammadreza Gholamrezaei, outro aluno do segundo ano do instituto, também disse que escolheu aprender o idioma chinês devido ao seu grande interesse pela rica cultura e história da China.
Ele observou que os povos iraniano e chinês têm muitas semelhanças culturais, já que foram conectados por meio de intercâmbios culturais e econômicos pela antiga Rota da Seda no passado distante.
“Dada a crescente influência global da China, bem como suas relações amistosas e ampliadas com o Irã, aprender sobre o país sem mediação está se tornando muito importante”, disse Hamed Vafaei, diretor iraniano do Instituto Confúcio da Universidade de Teerã.
Ele acredita que os alunos que estão estudando o idioma chinês no instituto entrarão em diferentes setores da sociedade iraniana em um futuro próximo, ajudando mais pessoas a conhecerem mais sobre a China.
A China é a segunda maior economia do mundo, o país mais populoso e um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, então aprender o idioma chinês se tornou uma necessidade, como muitos em todo o mundo já perceberam, disse ele.
“Além disso, o Irã precisa conhecer suas contrapartes, e uma das mais importantes é a China”, disse Vafaei, observando que o Irã e a China estabeleceram fortes relações políticas, econômicas e culturais.
“Cada um dos estudantes aqui é uma janela para a China, ajudando o povo iraniano a ter uma visão mais realista do país, o que ajudará a melhorar as relações bilaterais”, acrescentou.
