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Províncias chinesas estabelecem metas econômicas otimistas para 2023

Beijing – As províncias chinesas estabeleceram metas robustas para 2023 em relação aos principais indicadores econômicos, do PIB às vendas no varejo, criando um tom otimista para a recuperação econômica do impacto da COVID-19.

   As metas de crescimento do PIB para 2023 variam entre 4% a 9,5% para as regiões provinciais do país. Das mesmas, mais da metade espera que seu PIB cresça 6% ou mais, de acordo com relatórios de trabalho do governo apresentados nas sessões anuais das assembleias populares locais.

   Hainan, uma província insular ao sul que é uma atração turística, planejou um crescimento de 9,5% no PIB, o mais alto de todas as regiões provinciais chinesas, uma vez que a província prevê uma forte recuperação de seu turismo este ano.

   Entre as metas mais altas estão também as da Região Autônoma do Tibet e da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, que prevêem que seu PIB cresça 8% e 7%, respectivamente, em 2023.

   Pesos pesados da economia, como Guangdong, Jiangsu e Zhejiang, estabelecem metas de 5% a 6%, devido ao fato que estas províncias possuem tamanhos econômicos maiores e estão se concentrando mais na melhoria da qualidade, disseram especialistas.

   A Província de Guangdong, centro industrial do sul, cujo PIB representa cerca de um décimo do total do país, estabeleceu uma meta de crescimento de pelo menos 5% para 2023.

   Shanghai, um centro financeiro no leste da China, espera registrar um crescimento anual superior a 5,5% no PIB este ano.

   Muitas províncias aumentaram significativamente suas metas de PIB para 2023 em relação às estimativas de 2022, reforçadas pela recalibração da abordagem da COVID-19 da China, disse Pan Helin, pesquisador da Universidade de Zhejiang.

   As províncias chinesas centrais de Hunan e Hubei, por exemplo, estabeleceram suas metas de crescimento do PIB para 2023 em 6,5%, após crescimentos estimados de 4,5% e 4,7% no ano passado.

   “Aparentemente, os governos locais chineses têm maior confiança e expectativas mais altas para o desenvolvimento econômico em 2023”, avaliou Pan.

CONSUMO DESTACADO

   Em suas agendas para 2023, muitas províncias destacaram a economia digital como um poderoso motor para alcançar seus objetivos ambiciosos.

   Guangdong, por exemplo, planeja impulsionar a transformação digital de 5.000 empresas industriais acima de um tamanho designado, referindo-se a empresas industriais com um volume de negócios anual de pelo menos 20 milhões de yuans (cerca de US$ 3 milhões), disse o relatório de trabalho do governo.

   Hubei propôs acelerar a construção de clusters da indústria digital, como inteligência artificial, serviços de supercomputadores e informações aeroespaciais.

   O crescimento robusto nas vendas totais no varejo é outro objetivo comum para as províncias chinesas que esperam que o consumo “sacuda a mortalha” da COVID-19. Fujian, Hainan e Yunnan esperam que suas vendas totais no varejo aumentem em 10% ou mais.

   Beijing, que estabeleceu uma meta de crescimento de mais de 4,5% no PIB para 2023, prometeu estimular ainda mais o consumo em meio a seus esforços para facilitar a recuperação do crescimento.

   “Restaurar e expandir o consumo deve ter precedência”, disse o prefeito interino da cidade, Yin Yong, ao apresentar o relatório de trabalho do governo no domingo.

   “Embora as prioridades das medidas de estabilização do crescimento variem de um lugar para outro, todas as localidades consideram o aumento do consumo um passo importante para atingir a meta de crescimento econômico deste ano”, disse Peng Jiqiu, ex-presidente da federação da indústria e comércio de Changsha.

   Uma série de índices e dados mostraram que setores que vão do turismo aos serviços e restaurantes estão voltando aos níveis pré-pandêmicos depois que a China relaxou ou suspendeu muitas restrições em relação à COVID-19.

   Um índice que acompanha o tráfego de compradores em 83 cidades do país chegou a 96,6 em 31 de dezembro de 2022, subindo 28,7 pontos em relação ao nível mais baixo no mesmo mês, mostraram dados do Centro de Informações do Estado.

Marcelo Oliveira de A. Maranhao

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