Chengdu – Arqueólogos descobriram vestígios de atividade humana que datam de há mais de 40 mil anos na cidade de Ziyang, Província de Sichuan, sudoeste da China, disseram as autoridades locais no sábado.
Até agora, mais de 1.000 peças de grés e fósseis de animais foram desenterrados do local no rio Mengxi, Ziyang. Os produtos de pedra incluem núcleos, lâminas e raspadores, enquanto os fósseis incluem os restos de rinocerontes e elefantes, de acordo com o Instituto Provincial de Pesquisa de Relíquias Culturais e Arqueologia de Sichuan.
As descobertas resultaram de um projeto arqueológico lançado conjuntamente por várias organizações, incluindo o instituto e os departamentos locais de relíquias culturais de Ziyang, em janeiro de 2022.
Notavelmente, foram também escavados alguns artefatos ósseos, artigos suspeitos de madeira e um grande número de restos vegetais – o que é extremamente raro de se ver nas ruínas do Paleolítico.
O método de datação por carbono-14 mostra que o sítio do rio Mengxi tem pelo menos 43 mil anos de idade.
É um dos locais do Paleolítico mais sistemáticos e de todos os elementos da China, mostrando a relação entre os humanos e o ambiente e proporcionando uma visão vívida das atividades humanas durante o Pleistoceno Tardio, disse Wang Youping, professor da Escola de Arqueologia e Museologia da Universidade de Beijing.
Na década de 1950, a descoberta do crânio do “Homem de Ziyang”, que remonta a cerca de 30 mil anos, atraiu a atenção do mundo.
“A escavação do sítio do rio Mengxi é um começo, bem como um grande avanço no levantamento do véu do ‘Homem de Ziyang'”, apontou Gao Xing, pesquisador do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados da Academia Chinesa de Ciências.
