Harbin – Di Guochen, um comerciante de Harbin, capital da Província de Heilongjiang, no nordeste da China, está planejando um projeto para vender grãos de café “do sul para o norte”. Ele planeja cultivar grãos de café na América do Sul, transportá-los para a China para processamento e vendê-los para os mercados do nordeste asiático.
“Países no nordeste da Ásia como o Japão, a Coreia do Sul e a Rússia são grandes consumidores de café, mas, devido às condições climáticas e outras razões, quase nenhum grão de café é cultivado nesses países. Se construirmos uma empresa de torrefação de café em Heilongjiang, ela pode servir aos mercados do nordeste asiático”. disse Di.
Di é presidente da aliança da indústria e intercâmbio do café de Heilongjiang. Tendo vivido no Brasil por muitos anos, Di tem um profundo conhecimento da indústria do café e está otimista sobre a cooperação no setor com o Brasil.
“Os grãos de café de qualidade são abundantes na América do Sul, mas não tanto na China”. Di planeja transportar os grãos de café sul-americanos para Heilongjiang para processamento. Enquanto desenvolve o mercado local de café de alta qualidade, ele também pretende vendê-los à Coreia do Sul, Japão e Rússia para explorar os mercados do nordeste asiático e promover o desenvolvimento profundo da indústria de café da China.
“O café fresco tem um sabor melhor. Embora os grãos de café possam ser preservados durante um período bastante longo, o tempo de preservação do café processado e torrado é relativamente curto, geralmente não mais do que um mês. Portanto, é melhor transportar os grãos de café sul-americanos para Heilongjiang para processamento e venda”, disse Di.
Harbin, a capital provincial de Heilongjiang, está localizada no centro do nordeste asiático, e tem a capacidade de influenciar a região. A cidade, onde a arte e a cultura chinesa e ocidental se misturam, também tem uma profunda cultura de café e um enorme potencial de mercado.
Este ano, Di planeja convidar parceiros da indústria do café no Brasil para as zonas de livre comércio de Heilongjiang para investimentos.
“Chegamos a uma intenção preliminar de cooperação. Há uma enorme demanda por café na China, e o nordeste asiático também é um vasto mercado. Juntamente com os incentivos fiscais e outras condições favoráveis na zona de livre comércio, estamos otimistas com o plano”, disse Di.
Ele observou que se cultivar café na América do Sul e torrar os grãos em Harbin, as pessoas na China experimentarão café mais fresco, e a cidade também se tornará outro centro comercial para grãos de café cru na China, depois das províncias de Hainan e Yunnan. Ao mesmo tempo, isso reduzirá o custo da compra de grãos de café, e o preço do café será muito mais baixo.
“O mercado de café da China, especialmente o mercado de café de Heilongjiang, tem grande potencial e demanda”. disse Di.
Por um lado, o café pode aproximar os jovens e criar inspiração através de conversas ao tomar café, o que está de acordo com os hábitos de consumo dos jovens. Um grande número de pessoas de alto consumo também está interessado no consumo de café de alta qualidade. Por outro lado, a história do café em Harbin é mais longa do que a de muitas grandes cidades do sul da China, pois tem um grande número de imigrantes em sua história. Esta atmosfera cultural única é compatível com a cultura do café.
Como secretário-geral adjunto da câmara de comércio internacional de Heilongjiang, Di está comprometido a levar parceiros a construir uma cadeia industrial do café e lançar uma fábrica de processamento de café em Harbin.
“Há demanda por café de alta qualidade em Harbin, mas alguém precisa liderá-lo. Alguns pequenos torrefadores de café em Harbin estão dispostos a se unir para se tornarem maiores e mais fortes”, disse Di.
“Queremos tornar o café mais acessível para as pessoas”. Di observou que é necessário ampliar as funções de serviço das cafeterias, em vez de apenas vender café. Com o apoio da fábrica de processamento, o custo e o preço do café podem ser reduzidos. Ao mesmo tempo, as cafeterias também podem servir como uma vitrine para promover a marca do café.
Além disso, serviços de formação como a moagem e o preparo do café podem ser realizados em cafeterias, o que não apenas criará empregos, mas impulsionará o desenvolvimento de toda a indústria.