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Feira de investimento na China apresenta oportunidades e traz otimismo

Xiamen — A Feira Internacional de Investimento e Comércio da China (CIFIT) deste ano brilhou com confiança, uma vez que reuniu empresas proeminentes, servindo como uma plataforma especial de criação de oportunidades em meio à pandemia.

   O grande evento, que aconteceu de quinta-feira a domingo na cidade costeira de Xiamen, Província de Fujian, no leste da China, teve como tema “Desenvolvimento global: compartilhando oportunidades digitais, investindo no futuro verde” –  e foi um esforço para impulsionar investimentos bidirecionais e recuperação econômica global.

   O evento recebeu comerciantes de mais de 60 países e regiões, que participaram do evento pessoalmente ou virtualmente, destacando o entusiasmo e o interesse global em fazer negócios com a China.

   Temas como tecnologias digitais, investimento verde, Iniciativa de Desenvolvimento Global, Iniciativa do Cinturão e Rota, cooperação do BRICS e RCEP foram abordados. Cerca de 40 conferências e seminários relevantes foram realizados durante o evento de quatro dias.

   OTIMISMO DIFUNDIDO

   Em meio a ventos de proa, a China tomou medidas sólidas para mitigar o impacto da pandemia e estabilizar a economia. Como resultado, o mercado doméstico chinês continua vibrante e o consumo avança na recuperação, alimentando o otimismo dos investidores em relação ao futuro próximo.

   “As empresas estrangeiras se beneficiam de operar na China, enquanto contribuem para a China ao mesmo tempo”, disse Harley Seyedin, presidente da Câmara Americana de Comércio no Sul da China.

   “O que eu aprecio é a disposição do governo chinês de ouvir nossas ideias e pensamentos, e que os incorpora na formulação de novas políticas.”

   Uma pesquisa com as empresas-membros, realizada pela câmara e divulgada em fevereiro deste ano, constatou que as empresas estrangeiras ainda têm forte interesse em reinvestir na China.

   Mais de 70% das 230 empresas pesquisadas tinham planos de reinvestimento para 2022. A porcentagem de empresas com reinvestimento orçado de mais de US$ 250 milhões na China aumentou de 5% em 2021 para 10% em 2022.

   Um grande número de empresas relatou um retorno positivo geral de investimento (ROI) na China. Cerca de três quintos das empresas consideraram que seu ROI na China maior do que seu ROI global, acrescentou a pesquisa.

   “O mercado interno da China cresceu exponencialmente apesar de algumas dificuldades”, disse Seyedin.

   Nine Rivers, uma produtora de vinhos, decidiu expandir seus negócios na China, começando pela construção de uma destilaria de uísque de malte na cidade de Longyan, Província de Fujian, em fevereiro. Espera-se que a destilaria comece a operar em 2023, gerando uma produção anual de 200 bilhões de yuans e criando vagas de emprego.

   “A oportunidade na China é enorme, pois é o maior mercado consumidor do mundo”, disse Jay Robertson, CEO da Nine Rivers, durante a CIFIT, apontando a facilidade de acesso aos serviços governamentais.

   NOVAS OPORTUNIDADES

   À medida que a economia global enfrenta persistentes tensões pandêmicas e geopolíticas, a China acelerou seus esforços em campos emergentes, como comércio digital e desenvolvimento verde, oferecendo oportunidades atraentes para investidores globais.

   Os dados mostram que, a escala da economia digital da China subiu de 11 trilhões de yuans em 2012 para 45,5 trilhões de yuans (US$ 6,58 trilhões) em 2021, representando 39,8% do PIB do país em 2021.

   ABB, uma empresa global de engenharia da Europa, está entre as inúmeras empresas que entraram na onda para aproveitar mais oportunidades no mercado digital em expansão da China. A empresa coopera com parceiros chineses na construção de centros de dados em todo o país há 25 anos.

   James Zhao, presidente da ABB Electrification China, considera o mega projeto de dados – “dados no leste, computação no oeste” – lançado em fevereiro, como uma personificação do compromisso da China em desenvolver a sua economia digital e oferecer oportunidades para todo o setor.

   A feira também viu o zelo dos líderes da indústria pela transição verde, uma meta ambiciosa que a China vem perseguindo há muito tempo.

   Participante da transição verde, o Citi China “tem sido um firme apoiador de clientes com mentalidade verde enquanto continua a financiar soluções de energia limpa”, disse Song Jun, gerente da filial Citi Guangzhou.

   O Citi em Guangzhou já forneceu 100 milhões de yuans em empréstimos a um produtor local de células de combustíveis de hidrogênio.

   “As indústrias estão abraçando a transição digital e sustentável, o que provocou um aumento na demanda por produtos verdes e inovadores e soluções de baixo carbono baseadas em tecnologias digitais”, disse Wang Jie, vice-presidente da Schneider Electric e chefe de sua divisão de assuntos corporativos e desenvolvimento de sustentabilidade na China.

   A China prometeu atingir o pico das emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060″. Esta meta está convocando mais empresas a acelerar a transição verde em uma tentativa de aumentar a competitividade futura, disse Wang.

   Sublinhando seu compromisso com a descarbonização, a empresa multinacional agora administra 64 “Fábricas de Carbono Zero Líquido” em todo o mundo, com 15 localizadas na China.

   No futuro, a empresa continuará a apoiar a P&D na China com o compromisso de oferecer mais produtos e soluções verdes e inovadoras para o mundo, disse Wang.

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