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China condena fortemente ataques cibernéticos dos EUA à Universidade Politécnica do Noroeste da China

Beijing — A China condena fortemente os ataques cibernéticos lançados pelos Estados Unidos à Universidade Politécnica do Noroeste da China e exigiu que o lados americano forneça uma explicação e pare imediatamente suas ações ilegais, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, nesta segunda-feira.

Foi relatado que o Centro Nacional de Resposta de Emergência a Vírus Computacional (CVERC, em inglês) da China e a empresa de cibersegurança 360 emitiram seus respectivos relatórios de investigação sobre os ataques à Universidade Politécnica do Noroeste pela Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) dos EUA, mostrando que a TAO, empresa afiliada da NSA, montou centenas de milhares de ataques cibernéticos maliciosos visando alvos chineses.

Mao disse em uma coletiva de imprensa diária que os relatórios de investigação apontaram outro exemplo dos ataques cibernéticos do governo dos EUA à China.

Ela disse que, com base em análises e rastreamento feito pela equipe conjunta do CVERC e 360, os ataques cibernéticos da NSA e o roubo de dados contra a China são comprovados por uma cadeia clara e completa de evidências, que envolve 13 pessoas nos Estados Unidos que lançaram diretamente ataques cibernéticos contra a China e mais de 60 contratos e mais de 170 documentos digitais com operadoras de telecomunicações dos EUA para construir um ambiente para ataques cibernéticos.

Os relatórios mostraram que os Estados Unidos usaram 41 armas cibernéticas especializadas para lançarem operações de roubo cibernético por mais de 1.000 vezes contra a Universidade Politécnica do Noroeste e roubaram dados técnicos importantes.

Os Estados Unidos também têm realizado por muito tempo a vigilância de áudio indiscriminada contra usuários chineses de celulares, roubado ilegalmente mensagens de texto deles e realizado posicionamento sem fio, acusou ela, acrescentando que o comportamento dos EUA representa um sério perigo para a segurança nacional da China e para a segurança das informações pessoais dos cidadãos.

“A China condena fortemente isso e insta ao lados dos EUA que forneça uma explicação e pare imediatamente suas ações ilegais”, ressaltou.

“Queria destacar que a segurança do ciberespaço é uma questão comum enfrentada por todos os países do mundo. Como o país que possui as tecnologias e capacidades cibernéticas mais poderosas, os Estados Unidos devem imediatamente parar de usar suas proezas como uma vantagem para realizar roubos e ataques contra outros países, devem participar de forma responsável da governança global do ciberespaço e desempenhar um papel construtivo na defesa da cibersegurança”, explicou Mao.

Em resposta a uma pergunta sobre as medidas que a China tomará para proteger melhor sua cibersegurança, Mao ressaltou que este caso de ataque à Universidade Politécnica do Noroeste da China pela NSA mostra mais uma vez que a proteção da cibersegurança nacional é extremamente importante.

Como uma das principais vítimas de ataques de hacking, a China se opõe firmemente a todas as formas de ataques cibernéticos, destacou ela, acrescentando que as leis da China proíbem claramente todas as invasões cibernéticas e danos aos sistemas de informação.

Mao salientou que nos últimos anos, a China acelerou o desenvolvimento de alto nível para cibersegurança, formulou e melhorou o planejamento estratégico e o sistema legal neste campo e aprimorou continuamente sua capacidade em proteção à segurança cibernética e aplicação da lei do ciberespaço.

“A conscientização do povo chinês sobre a cibersegurança também foi continuamente aumentada. Esta semana é a Semana de Cibersegurança da China 2022. Acreditamos que as atividades relevantes aumentarão ainda mais a conscientização e a capacidade de proteção de toda a sociedade, em um esforço para construir uma linha forte de defesa e criar um ciberespaço seguro”, exaltou a porta-voz.

Observando que as ameaças à cibersegrança são um desafio comum enfrentado por todos os países, Mao apontou que a proteção da cibersegurança é responsabilidade compartilhada da comunidade internacional.

Ela acrescentou que a China defende uso pacífico do ciberespaço e está pronta para trabalhar com a comunidade internacional para promover o diálogo e a cooperação, se opor à hegemonia, enfrentar todos os tipos de ataques de hacking, manter a paz, a segurança, a abertura, a cooperação e a ordem no ciberespaço, construir um sistema multilateral, democrático e transparente de governança internacional da internet e trabalhar em conjunto para uma comunidade com um futuro compartilhado no ciberespaço.

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