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Chanceler chinês faz proposta sobre construção de comunidade China-África com futuro compartilhado

Beijing – O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, fez na quinta-feira uma proposta sobre a construção de uma comunidade China-África com um futuro compartilhado na nova era em uma reunião que analisa o progresso feito na cooperação China-África.

Em novembro do ano passado, a 8ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, em inglês) foi realizada em Dakar, Senegal, durante a qual a China anunciou a implementação de nove programas em conjunto com países africanos, demonstrando seu compromisso contínuo com a África e o impulso sustentado da cooperação China-África.

Na reunião de coordenadores de quinta-feira sobre a implementação dos resultados da 8ª conferência ministerial, realizada em formato virtual, Wang disse que a China e a África implementaram conjuntamente os resultados com bom progresso e trouxeram benefícios tangíveis para o povo africano.

A China e a África trabalharam com absoluta sinceridade para salvaguardar a equidade e a justiça internacionais, impulsionar a construção de infraestrutura para facilitar a industrialização da África, lidar em conjunto com a crise alimentar global e a pandemia de COVID-19, buscar o desenvolvimento sustentável por meio da cooperação em energia limpa e resposta às mudanças climáticas e promover a paz e a estabilidade regionais, disse Wang.

Observando que este ano marca o 20º aniversário da fundação da União Africana (UA), Wang disse que a China e a África devem se unir mais estreitamente para buscar o desenvolvimento e a revitalização comuns e construir com seriedade uma comunidade China-África com um futuro compartilhado na novo era.

Ele então apresentou uma proposta de cinco pontos:

Primeiro, ambos os lados devem defender o princípio da sinceridade, resultados reais, amizade e boa fé, e fortalecer a unidade e a assistência mútua. A China está disposta a trabalhar com a África para levar adiante os Cinco Princípios da Coexistência Pacífica, praticar o verdadeiro multilateralismo e salvaguardar conjuntamente os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento.

Em segundo lugar, ambos os lados devem estar comprometidos com o desenvolvimento comum. A China continuará tendo um papel ativo na construção da importante infraestrutura da África, continuará aumentando as importações da África, apoiará o crescimento da agricultura e indústrias manufatureiras da África e expandirá a cooperação nas indústrias emergentes.

Terceiro, ambos os lados devem estar comprometidos com a independência e promover conjuntamente a paz regional. A China continuará a apoiar as soluções africanas para as questões africanas, opor-se à interferência externa nos assuntos internos dos países africanos e opor-se à criação de confrontações e conflitos na África.

Quarto, ambos os lados devem manter a amizade tradicional e promover intercâmbios entre pessoas. A China está pronta para superar as dificuldades causadas pela pandemia e ajudar os alunos africanos que estudavam anteriormente na China a retornar. A China apoia grupos de reflexão, mídia, organizações não governamentais, jovens e mulheres de ambos os lados para fortalecer o intercâmbio e a cooperação.

Quinto, ambos os lados devem aderir à abertura e cooperação ganha-ganha para promover o desenvolvimento sólido da cooperação internacional com a África.

A reunião contou com a presença de Aissata Tall Sall, ministra dos Negócios Estrangeiros do Senegal, país africano co-presidente do FOCAC, bem como representantes das subregiões africanas e da Comissão da UA, e enviados diplomáticos de países africanos na China.

Reafirmaram sua adesão aos princípios de equidade e justiça internacionais e não interferência em assuntos internos, sua adesão ao princípio de Uma Só China e seu firme apoio aos esforços da China para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial.

A parte africana está disposta a trabalhar com a China para continuar a fortalecer a construção dos mecanismos do fórum e promover a melhoria contínua da cooperação África-China, segundo os diplomatas africanos. 

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