Beijing, 25 jul – As vacinas contra a COVID-19 produzidas pela China são seguras e eficazes, de acordo com autoridades de saúde e especialistas que participaram de uma coletiva de imprensa realizada no sábado pelo mecanismo de prevenção e controle conjuntos contra a doença do Conselho de Estado.
ALTA TAXA DE VACINAÇÃO
Até agora, 92,1% da população das 31 regiões de nível provincial e do Corpo de Produção e Construção de Xinjiang receberam a primeira dose de vacinas contra a COVID-19, 89,7% das pessoas estão totalmente vacinadas e 71,7% receberam a dose de reforço, informou Zeng Yixin, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde.
Entre aqueles com 60 anos ou mais, 89,6% receberam pelo menos uma dose, enquanto as taxas de vacinação completa e de vacinação de reforço são de 84,7% e 67,3%, respectivamente.
“Todos os líderes incumbidos do Partido e do Estado da China concluíram a vacinação contra o coronavírus com vacinas desenvolvidas pelo país”, revelou Zeng.
Isso demonstra plenamente que os líderes chineses dão grande importância à prevenção e controle da COVID-19 e têm alta confiança nas vacinas produzidas pela China, acrescentou Zeng.
VÁRIAS ROTAS TÉCNICAS
Atualmente, a China está realizando pesquisa e desenvolvimento de vacinas monovalentes e multivalentes contra as variantes da Ômicron através de múltiplas rotas técnicas.
“As vacinas chinesas ainda protegem contra doenças graves e mortes causadas por variantes da Ômicron”, ressaltou Feng Zijian, vice-presidente executivo e secretário-geral da Associação Chinesa de Medicina Preventiva, em coletiva.
As vacinas inativadas monovalentes estão sendo submetidas a testes clínicos nas províncias de Zhejiang e Hunan, bem como em Hong Kong.
As tetravalentes de proteínas recombinantes obtiveram documentos aprovados para a terceira fase de testes clínicos nos Emirados Árabes Unidos e estudos relevantes vêm sendo realizados.
A China está avançando em sua pesquisa e desenvolvimento de vacinas contra variantes da Ômicron de forma rápida e constante, afirmou Feng.
NÃO CAUSAM LEUCEMIA E DIABETES
As vacinas contra a COVID-19 são seguras e a vacinação não leva à leucemia nem diabetes, destacou Wang Fusheng, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências.
Wang explicou que várias substâncias vacinais são seguras para humanos e não causarão doenças diretamente. Os reagentes utilizados na produção de vacinas foram rigorosamente verificados por instituições competentes e atendem às normas relacionadas.
Ele observou que as vacinas inativadas, as mais utilizadas na China, têm garantias suficientes de segurança e foram reconhecidas por organismos internacionais.
As vacinas contra a COVID-19 não afetam o crescimento e o desenvolvimento, nem levam à metástase tumoral e à maior dependência em anticorpos, como algumas fontes da internet afirmaram, de acordo com Wang.
O acadêmico observou ainda que o monitoramento clínico e os dados estatísticos mostram que nos quatro anos antes e depois do surto da COVID-19, os números de consultas e internações por diabetes e leucemia são praticamente os mesmos, sem alterações significativas.
REFORÇO HOMÓLOGO E HETEROGÊNEO
O efeito protetor contra a COVID-19 pode melhorar significativamente tanto pela vacinação homóloga (reforçada com vacinas da mesma rota técnica) quanto pela vacinação heterogênea (reforçada com vacinas de diferentes formas técnicas aprovadas), garantiu Zheng Zhongwei, oficial da Comissão Nacional de Saúde que também lidera um grupo de trabalho de pesquisa e desenvolvimento de vacinas sob a força-tarefa interdepartamental do Conselho de Estado.
Zheng disse que o efeito protetor das doses de reforço, tanto homólogas como heterogêneas, são bastante notáveis na prevenção de infecções, casos graves e mortes.
Wang Junzhi, especialista do grupo de trabalho de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da força-tarefa interdepartamental do Conselho de Estado, disse que os dados de testes em animais e testes clínicos em humanos durante a pesquisa e desenvolvimento mostraram que as vacinas chinesas contra a COVID-19 atendem aos padrões nacionais em segurança e em eficácia.