Ancara – A Turquia é contra as sanções unilaterais ao Irã, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, nesta segunda-feira, expressando esperanças de que o acordo nuclear seja restaurado.
“Sempre fomos contra sanções unilaterais contra o Irã e não achamos certo. Esperamos que todas as partes tomem as medidas necessárias para que o acordo nuclear funcione novamente. Isso contribuirá muito para a região”, disse ele em uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, na capital Ancara.
Cavusoglu também prometeu mais cooperação com o Irã contra grupos terroristas.
“Nossa cooperação na luta contra o terrorismo é importante. Precisamos continuar trabalhando juntos nessa questão porque o terrorismo é nosso inimigo comum”, disse ele.
Por sua vez, o principal diplomata iraniano observou que Teerã deseja fortalecer as relações com a Turquia, principalmente nas áreas de segurança, militar e economia.
“Queremos relações mais fortes com os vizinhos no quadro de boas relações. Este é o eixo mais importante do nosso novo governo”, acrescentou Amir-Abdollahian.
Ele também disse que “as preocupações de segurança da Turquia na Síria devem ser resolvidas imediata e permanentemente”, acrescentando que “entendemos que talvez seja necessária uma operação especial”.
A visita do ministro iraniano ocorreu quatro dias depois que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, teve conversas em Ancara, que agradeceu à Turquia pela cooperação de segurança na qual a “conspiração do Irã foi impedida”.
As forças de segurança turcas derrubaram uma célula de inteligência iraniana que operava na maior cidade da Turquia, Istambul, e detiveram seus membros por supostamente se prepararem para atacar israelenses, informou a Agência de Notícias Ihlas no dia 22 de junho.
O Irã rejeitou as alegações levantadas pelo ministro israelense.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, disse na sexta-feira que as alegações “visavam semear a discórdia entre os dois países muçulmanos vizinhos”.