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China e outros países em desenvolvimento têm preocupações razoáveis e posições semelhantes sobre a situação europeia atual, diz chanceler chinês

Hefei – O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse no domingo que a crise da Ucrânia está se desenvolvendo de uma maneira que vai além de si mesma, com repercussões afetando o mundo inteiro, e nesse sentido, a maioria dos países do mundo, incluindo a China e outros países em desenvolvimento, compartilham preocupações razoáveis e ocupam posições semelhantes.

Wang fez as observações em uma coletiva de imprensa depois de manter conversações com o ministro das Relações Exteriores da Argélia, Ramtane Lamamra, em Tunxi, Província de Anhui, no leste da China.

Wang disse à imprensa que depois de trocar opiniões com vários ministros das Relações Exteriores de países asiáticos ou africanos, ele sentiu que muitos países, como a China, estão acompanhando de perto os desenvolvimentos da crise da Ucrânia, e compartilham muita linguagem comum.

Todos nós acreditamos que os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas devem ser observados, as disputas internacionais devem ser resolvidas pacificamente, e as partes interessadas devem realizar o cessar-fogo e pôr um fim à guerra o mais rápido possível, disse ele.

Notando que durante as discussões na Assembleia Geral da ONU sobre a questão da Ucrânia, China, Argélia e vários países se abstiveram na votação, Wang disse que a abstenção também é uma atitude. É dar uma chance à paz e mostrar desaprovação do uso da guerra e das sanções para enfrentar disputas, e é uma atitude responsável.

“Ao mesmo tempo, entendemos que a questão da Ucrânia não chegou a este ponto por acidente. É o resultado da confluência de vários fatores e de uma erupção das tensões que se acumularam ao longo dos anos”, disse Wang, acrescentando que o que está no coração é a questão da segurança europeia, e o movimento da OTAN de expandir para o leste sem limitação merece reflexão.

Ele disse que, do ponto de vista a mais longo prazo, as partes na Europa devem seguir o princípio da segurança indivisível e, com base no respeito às preocupações legítimas uns dos outros, buscar o diálogo e a negociação para construir uma arquitetura de segurança regional equilibrada, eficaz e sustentável.

“Em primeiro lugar, acredita-se amplamente que, ao abordar questões de hotspot regionais e internacionais, a guerra e as sanções não são as únicas opções, e o diálogo e a negociação são a saída fundamental”, disse Wang, acrescentando que as circunstâncias atuais tornam-na mais importante manter essa direção.

“Em segundo lugar, o impulso da recuperação econômica mundial não deve ser interrompido”, disse Wang, acrescentando que, no contexto da pandemia em curso, a escalada das sanções unilaterais quebrará as cadeias industriais e de suprimentos globais e prejudicará a subsistência de pessoas de todos os países, que não têm responsabilidade em pagar por conflitos geopolíticos e pela concorrência entre principais países.

Em terceiro lugar, todos os países têm o direito de decidir independentemente suas políticas externas e não devem ser forçados a escolher lados, disse Wang.

Ele acrescentou que, ao lidar com questões complexas e visões divergentes, não se deve optar pela abordagem simplista de “amigo ou inimigo” e “preto ou branco”. É particularmente importante resistir à mentalidade da Guerra Fria e se opor ao confronto entre blocos.

“Em quarto lugar, a independência soberana e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas o tempo todo. Esse princípio se aplica a todos os países e regiões. Não deve haver exceção, ainda menos padrões duplos”, disse Wang.

Durante a conferência de imprensa, Wang também apresentou a posição da China sobre questões relacionadas com a África.

Observando a crise atual da Ucrânia, Wang ressaltou que o mundo é muito grande e há muitos problemas. O continente africano, em particular, não deve ser esquecido e não deve mais ser marginalizado, ainda menos uma vítima.

“Quanto mais turbulenta é a situação internacional, mais devemos prestar atenção à voz dos países africanos e aumentar nosso apoio e assistência à África”, disse ele.

Wang disse que, como um bom irmão dos países africanos, a China continuará a apoiar a África, apoiar firmemente a África na manutenção da paz e da segurança, apoiar firmemente a África na recuperação econômica, apoiar firmemente a África na defesa de seus direitos e interesses legítimos e fazer as devidas contribuições para a independência e o desenvolvimento sustentável da África.

Agência Xinhua

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