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Tecnologia de reconhecimento facial possibilita melhor proteção de panda gigante

Foto tirada em 15 de janeiro de 2018 por uma câmera infravermelha mostra um panda gigante selvagem na Reserva de Natureza Nacional de Baishuijiang, na Província de Gansu, noroeste da China. (Xinhua/Reserva de Natureza Nacional de Baishuijiang)

Lanzhou, 6 jan – Enquanto a tecnologia de reconhecimento facial segue facilitando muitos aspectos da vida humana, agora também está sendo aplicada para ajudar na proteção de pandas gigantes.

Uma reserva natural na Província de Gansu, no noroeste da China, criou um sistema de videomonitoramento habilitado por inteligência artificial (IA) para proteger melhor os pandas gigantes selvagens. Com cerca de 300 câmeras infravermelhas, o sistema de monitoramento está ajudando a garantir a saúde e a segurança de todos os 110 pandas gigantes selvagens na reserva.

“Com a ajuda do sistema auxiliado por IA, que se treina com grande quantidade de fotos arquivadas de pandas gigantes e outros animais selvagens para aprender a distinguí-los, podemos obter uma taxa de sucesso de 98% para o reconhecimento de espécies”, explicou Liu Xingming, chefe da administração da reserva, acrescentando que a taxa de sucesso de reconhecimento de outros animais selvagens pode chegar a 80%.

O sistema pode reconhecer automaticamente vários animais selvagens capturados em câmeras infravermelhas, permitindo que os pesquisadores coletem dados sobre pandas gigantes e outros bichos de forma remota.

Somente em 2021, este sistema de monitoramento capturou 2.896 fotos de pandas gigantes e outros animais raros e filmou 3.218 segundos, mostrando o ambiente ecológico sadio da reserva natural, bem como um aumento gradual da população de pandas gigantes.

O sistema de monitoramento foi colocado em funcionamento há mais de dois anos e, desde então, tirou dezenas de fotos e vídeos de pandas gigantes em diversas situações, como descansando, lutando por companheiros e comendo.

Liu revelou que os pesquisadores usaram o sistema não apenas para observar a dinâmica e a saúde da população de pandas gigantes, mas também para saber mudanças no ambiente natural e biológico de seu habitat.

“O sistema forneceu dados científicos para nos ajudar a compreender as condições de vida dos pandas gigantes selvagens e formular estratégias de conservação. Mais importante, também conseguiu o monitoramento em tempo real da reserva, para que possamos detectar as ameaças à vida selvagem o mais cedo possível”, explicou Liu.

“O sistema de monitoramento permitiu a conservação sistemática, científica e inteligente da vida selvagem”, acrescentou.

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