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Telescópio FAST da China detecta mais de 500 novos pulsares

Guiyang — Com a ajuda do Radiotelescópio Esférico de Abertura de Quinhentos Metros (FAST, na sigla em inglês), também apelidado de “Olho do Céu da China”, os cientistas identificaram mais de 500 novos pulsares desde outubro de 2017.

Pulsares, ou estrelas de nêutrons girando rapidamente, originam-se dos núcleos implodidos das estrelas moribundas maciças através de explosões de supernovas. Com sua alta densidade e rápida rotação, eles são um laboratório ideal para estudar as leis da física em ambientes extremos.

Utilizando o FAST, os cientistas também detectaram 1.652 explosões independentes provenientes de uma única fonte de explosão rápida de rádio (FRB, na sigla em inglês) repetida, de codinome FRB121102, anunciou Li Di, cientista-chefe do telescópio e pesquisador dos Observatórios Astronômicos Nacionais sob a Academia Chinesa de Ciências.

É o maior conjunto de eventos FRB já detectados na história, explicou Li, acrescentando que esses resultados foram publicados na revista Nature em outubro.

Os cientistas acreditam que isso pode ajudar a esclarecer as origens dos chamados “sinais misteriosos do espaço profundo”.

Li assinalou que eles receberam cerca de 200 pedidos de observação de 16 países desde março, quando o FAST abriu oficialmente para o mundo.

Localizado em uma depressão kárstica natural profunda e redonda na Província de Guizhou, no sudoeste da China, o FAST iniciou a operação formal em janeiro de 2020. Acredita-se que seja o radiotelescópio mais sensível do mundo.

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