Hangzhou — O primeiro projeto de aquecimento nuclear no sul da China foi colocado em operação na manhã desta sexta-feira.
Com um investimento total de cerca de 940 milhões de yuans (US$ 147,5 milhões), o projeto entrou em fase de funcionamento experimental em 15 de novembro. Atualmente, ele tem a capacidade de fornecer aquecimento de inverno para 464 mil metros quadrados de imóveis residenciais no distrito de Haiyan, Província de Zhejiang, no leste da China.
Aproveitando a energia térmica residual da Usina Nuclear de Qinshan, em Zhejiang, o projeto ajudará a produzir aquecimento para os usuários de uma forma ecologicamente amigável, sem emissões de carbono.
Espera-se que o projeto forneça o aquecimento em grande escala para instalações públicas, comunidades residenciais e parques industriais do distrito, conforme a empresa Zhejiang Zero-Carbon Thermal Power Co., Ltd.
A tecnologia relacionada ao aquecimento nuclear está madura e tem sido amplamente utilizada em todo o mundo. A água no sistema de aquecimento circula apenas dentro dos condomínios, sendo aquecida com calor fornecido pela usina nuclear e com camadas de isolamento, indicou a empresa.
Espera-se que o projeto suporte aquecimento para mais de 4 milhões de metros quadrados de área quando estiver totalmente operacional, economizando 196 milhões de kilowatts-horas de eletricidade ou 24,6 mil toneladas de carvão padrão por ano, ou seja, desnecessitando a emissão de 59 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.
A Usina Nuclear de Qinshan, com nove unidades operacionais, tem uma capacidade instalada total de 6,6 milhões de kilowatts e gera anualmente cerca de 52 bilhões de kilowatts-horas de eletricidade.
Até o final de novembro, a usina tinha mantido uma operação segura por 30 anos, produzindo 689,6 bilhões de quilowatts-horas de eletricidade, equivalente à redução de 651 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono.