Genebra — O departamento de propriedade intelectual (PI) da China liderou o mundo em 2020 ao registrar 1,5 milhão de pedidos de patentes, 2,5 vezes mais do que os Estados Unidos, que ficaram em segundo lugar, informou a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) nesta segunda-feira.
De acordo com a edição 2021 dos “Indicadores Mundiais de Propriedade Intelectual” da OMPI, apesar da pandemia de COVID-19, os pedidos internacionais de patentes voltaram a crescer em 2020 após a primeira queda em uma década em 2019.
Impulsionada pelo crescimento de longo prazo na China, bem como pelo aumento da atividade de PI em outros países, a Ásia foi responsável por dois terços de todos os pedidos apresentados no mundo em 2020. Este foi um aumento considerável ante os 51,5% registrados em 2010.
A China registrou o crescimento mais rápido no número de patentes em vigor em 2020, seguida pela Alemanha, Estados Unidos e Coreia do Sul.
Estima-se que 13,4 milhões de pedidos de marcas, abrangendo 17,2 milhões de classes de bens e serviços, fossem apresentados em todo o mundo em 2020. O número de classes cresceu notavelmente 13,7% em 2020, marcando o décimo primeiro ano consecutivo de crescimento, revelou a OMPI.
A contagem de classes da China foi a mais alta, em cerca de 9,3 milhões, seguida pela dos Estados Unidos, Irã, União Europeia (UE) e Índia.
O design industrial é outra área onde a China assumiu a liderança, seguida pela UE, Coreia do Sul, Estados Unidos e Turquia.
“O relatório Indicadores Mundiais de Propriedade Intelectual da OMPI confirma que, apesar da contração econômica mais profunda em décadas, os registros de propriedade intelectual – um forte indicador de inovação – mostraram notável resiliência durante a pandemia”, disse Daren Tang, diretor-geral da OMPI.