Kunming — A Declaração de Kunming foi adotada nesta quarta-feira na atual 15ª reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP15) na cidade de Kunming, na Província de Yunnan, sudoeste da China.
O ministro da Ecologia e Meio Ambiente chinês, Huang Runqiu, anunciou a adoção da declaração no Segmento de Alto Nível da primeira parte da COP15.
“A declaração enviará um sinal poderoso, mostrando ao mundo nossa determinação em resolver o problema da perda de biodiversidade e nossas ações mais firmes sobre as questões discutidas nesta reunião de alto nível”, disse Huang.
A Declaração de Kunming é uma declaração política e a principal conquista desta conferência. A declaração compromete-se a garantir o desenvolvimento, a adoção e a implementação de um efetivo quadro global da biodiversidade pós-2020 para reverter a atual perda de biodiversidade e garantir que esta seja colocada em um caminho de recuperação não mais tarde que 2030, para a plena realização da Visão 2050 de “Viver em Harmonia com a Natureza”.
A declaração tomou nota do tema da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade 2020: “Civilização Ecológica: Construir um Futuro Compartilhado para Toda a Vida na Terra”. A civilização ecológica é uma filosofia proposta pela China.
Foi declarado que colocar a biodiversidade em um caminho de recuperação é um desafio definidor desta década, exigindo forte impulso político para desenvolver, adotar e implementar um quadro global ambicioso e transformador da biodiversidade pós-2020, ao mesmo tempo em que apresenta 17 compromissos.
“A Declaração de Kunming detalha alguns dos elementos-chave necessários para o sucesso: tornar a biodiversidade uma tendência predominante, redirecionamento de subsídios, Estado de Direito, participação plena e efetiva dos povos indígenas e comunidades locais”, disse Elizabeth Maruma Mrema, secretária executiva da Convenção sobre Diversidade Biológica.