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Oportunidades e desafios para criação de emprego na China no período 2021-2025

Estudantes procuram empregos durante uma feira de empregos no campus em Xining, capital da Província de Qinghai, noroeste da China, em 24 de março de 2021. (Xinhua/Zhang Long)

Beijing – O mercado trabalhista da China permanecerá estável no geral nos próximos cinco anos, pois o país toma medidas proativas de criação de empregos para lidar com os desafios futuros.

Liderado pela política consistente de “primeiro o emprego” do país, o Conselho de Estado divulgou um plano sobre a promoção do trabalho para o período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025), prometendo adicionar mais de 55 milhões de novos postos nas áreas urbanas nos próximos cinco anos.

Li Zhong, vice-ministro dos Recursos Humanos e da Seguridade Social, disse em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira que o plano é uma “importante orientação” para o trabalho relacionado ao emprego, que enfrenta oportunidades e desafios.

Reconhecendo os problemas atuais e as incertezas futuras no mercado trabalhista, um alto funcionário do principal órgão de planejamento econômico da China expressou a “confiança em manter o emprego estável”.

FATORES POSITIVOS

As perspectivas econômicas positivas do país estabeleceram uma base importante para a promoção do emprego, avalia Gao Gao, alto funcionário da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Novos fatores de crescimento também foram formados para impulsionar o emprego, destacou Gao, citando os exemplos da economia digital e os esforços do país na promoção do empreendedorismo e inovação em massa.

O crescente setor de serviços da China, com novas indústrias constantemente emergindo, tem servido para absorver mão-de-obra. O número de pessoas que trabalham na indústria terciária representava 47,7% da força de trabalho total em 2020, um aumento de 4,4 pontos percentuais ante 2016, segundo Li Zhong.

O mercado de trabalho do país também é sustentado pelo setor privado. Entidades de mercado vibrantes, especialmente as micro, pequenas e médias empresas e empresas independentes, fornecem mais de 80% das vagas de emprego e criam mais de 90% dos novos postos na China.

Gao também indicou que o país possui 200 milhões de trabalhadores qualificados, dos quais mais de 50 milhões são altamente qualificados. Agora eles constituem um forte pilar à iniciativa de “fabricado na China” e “projetado na China”, acrescentou.

DESAFIOS E SOLUÇÕES

Com o lançamento do plano de emprego de cinco anos, a China visa resolver as questões proeminentes para sustentar o mercado trabalhista do país. Os principais conflitos no emprego são os “estruturais”, observou Gao.

Por exemplo, conflitos estruturais ocorrem quando os modelos de educação e formação no sistema de ensino superior não correspondem à demanda do mercado, explicou ele.

Gao também apontou que, em meio à aceleração do envelhecimento populacional, os trabalhadores mais velhos terão cada vez mais dificuldade em obter emprego devido à transformação e atualização industriais.

Embora a promoção do emprego seja uma tarefa árdua, Li disse que o Ministério dos Recursos Humanos e da Seguridade Social “fará todos os esforços” para expandir a capacidade de trabalho, aumentar a formação de habilidade profissional de multiníveis e salvaguardar o emprego entre os principais grupos.

Medidas específicas foram mencionadas no plano, incluindo a criação de esquemas de apoio aos trabalhadores envolvidos em emprego flexível e novas formas de trabalho, enquanto será promovido o desenvolvimento coordenado do emprego em diferentes regiões, acrescentou Li.

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