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PCC é “espinha dorsal” da nação chinesa, afirma ex-presidente brasileiro

O ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso afirmou que o Partido Comunista da China (PCC) é a “espinha dorsal” da formação da identidade chinesa. Ele também congratulou o PCC por ter realizado tantos êxitos durante seus 100 anos de existência.


O Centro de Imprensa para a Celebração do 100º Aniversário da Fundação do Partido Comunista da China (PCC) realiza a primeira conferência de imprensa em Beijing, capital da China, em 27 de junho de 2021. Qu Qingshan, chefe do Instituto de História e Literatura do Partido do Comitê Central do PCC, participa do evento junto com outros pesquisadores de alto escalão da história do PCC. (Xinhua/Ren Chao)

   “Acho que o PCC foi a espinha dorsal que permitiu a formação de uma noção de ‘Nós’. Quando você cria uma situação em que você tenha inimigos dentro do país, aí fica muito difícil, você tem que unir o país. E a China conseguiu isso, conseguiu se unir ao redor de seus objetivos e quanto eu saiba não fez guerra”, observou o ex-presidente brasileiro em entrevista exclusiva à Xinhua.

   Cardoso também relembrou suas visitas à China durante e depois de seu período como mandatário brasileiro. Compartilhando suas impressões do país asiático, o ex-presidente elogiou a experiência chinesa no combate à fome e à pobreza.

   “A China conseguiu o que parecia muito difícil. Em primeiro lugar, conseguiu acreditar nela própria. Eu acho que o PCC teve a capacidade de tocar, não só no coração, mas no interesse das pessoas. Deu emprego para muita gente”, observou Cardoso.

   O ex-presidente ressaltou o valor e universalidade da luta contra a pobreza. “Lutar pela vida” é uma obrigação de todo o país, independente da forma de governo, afirmou Cardoso.

   “(Seja em um) regime capitalista, regime socialista, temos que diminuir a pobreza. Eu acho que nesse caso a China pode ajudar bastante porque hoje dispõe de mais recursos”, explicou o ex-presidente.

   A China já é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Tratando das relações sino-brasileiras, Cardoso garantiu que existe uma simpatia entre Brasil e China que precisa ser mantida e cultivada.

   O ex-presidente acredita que o Brasil, independente do governante, preservará uma boa relação com a China por conta do sólido vínculo econômico estabelecido entre os dois países, o que não deve significar uma piora de relacionamento com outras nações.

   Sobre a crise da pandemia de COVID-19, Cardoso denunciou os boatos inverídicos que tentam associar o novo coronavírus à China e elogiou o comprometimento chinês no combate à pandemia. “Começam uma história contra a China que não é verdade. A China tem tido uma ação responsável, como eu posso ver”, comentou Cardoso.

   Por fim, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saudou os recentes esforços de estabelecimento de intercâmbios científicos e culturais entre os dois países. Para o ex-presidente, entender o outro é parte fundamental na manutenção da paz e prosperidade entre as nações.

   “É positivo que haja troca de informações, trocas culturais, programas de colaboração. Quanto mais você for capaz de entender o outro, melhor”, concluiu.

“Sem o Partido Comunista não haveria a China de hoje”, afirma a presidente do PCdoB

A presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e vice-governadora do estado de Pernambuco, Luciana Santos, afirmou em entrevista exclusiva à Xinhua que a importância do Partido Comunista da China (PCC) é extraordinária e que “sem o PCC não haveria a China de hoje”.

   “Se não houvesse sua fundação em 1921 e o desenvolvimento do PCC, não teríamos esse espetáculo de crescimento e desenvolvimento da sociedade e economia chinesa. Não há força política que possa contestar, ainda que tenha divergências ideológicas, os êxitos da experiência do desenvolvimento do socialismo na China”, comentou a presidente nacional do PCdoB.

   Santos ressaltou o grande exemplo oferecido pelas lideranças do PCC ao levarem em consideração as características particulares do país no desenvolvimento do socialismo.

   “A partir de 1978, com a política de reforma e abertura, a China inaugurou uma nova fase que respeitava as vocações econômicas do país e serviu de exemplo para todos os povos em via de desenvolvimento”, disse Santos, congratulando o PCC pelos êxitos nas políticas sociais e econômicas elaboradas nos últimos 43 anos e classificando os feitos do partido como “extraordinários”.

   “A economia chinesa, que era atrasada e periférica, começou a ultrapassar a economia de países desenvolvidos, construindo um parque industrial avançado com alta tecnologia, eliminando a pobreza extrema no interior, rumo a um progresso social, político e econômico sem precedentes na história da humanidade”, salientou.

   Ao comentar as campanhas anticorrupção realizadas pelo PCC, Santos reiterou a importância de ganhar a confiança da população. “Penso que todo aquele que deseja o sonho do socialismo precisa ter respeito pelos recursos públicos e pela produção de riqueza do povo. Isso dá vigor e afirma a autoridade do PCC entre o povo. Considero um feito e um marco muito importante na conduta do PCC”, opinou ela.

   Santos também elogiou o sucesso do PCC em erradicar a fome e a pobreza extrema no território chinês.

   “Considero que é uma maneira contundente de falar ao mundo que o socialismo dá certo. A China conseguiu eliminar a pobreza extrema do país mais populoso da Terra”, declarou ela, acrescentando que o bem-sucedido exemplo chinês pode ser aplicado ao Brasil.

   A vice-governadora de Pernambuco também falou sobre a relação econômica entre os dois países, observando a grande complementaridade comercial que vem sendo construída nos últimos anos. Tratando especificamente de sua região, Santos lembrou que o governo de Pernambuco mantém acordos comerciais e de cooperação com a parte chinesa, afirmou a vontade de desenvolver novos patamares nesse relacionamento e citou oportunidades para o investimento chinês.

   Por fim, ela compartilhou suas experiências conhecendo a China, país que visitou em três ocasiões. A vice-governadora se mostrou encantada com a generosidade do povo chinês, que classificou como acolhedor e carinhoso.

   “Eu gosto de conhecer a cultura chinesa cada vez mais. O comportamento, o jeito, a diversidade culinária, a beleza e os encantos da música e da dança. É antes de tudo uma felicidade”, completou Santos.

Pesquisador brasileiro cita três grandes conquistas do PCC em cem anos

   Em uma aula de português, o professor José escreveu “cuidar do povo chinês” no quadro-negro. Este ano marca o 100º aniversário da fundação do Partido Comunista da China (PCC). No entender dele, para estudar um idioma estrangeiro o aluno deve integrar as histórias do PCC com a cultura do país desse idioma, o que é parte importante no estudo.

   José Medeiros da Silva, cujo nome chinês é Shi Ruojie, é doutor em ciência política e professor da Universidade de Estudos Internacionais de Zhejiang.

O professor José Medeiros da Silva está em aula de língua portuguesa na Universidade de Estudos Internacionais de Zhejiang, no leste da China. (Xinhua/Gu Xiaoli)

   “O mundo está altamente interligado. O Brasil e a China precisam aprofundar a consciência da importância dessa aproximação como os dois grandes países em desenvolvimento”, acrescentou ele. “Então, o papel do tradutor será um mediador cultural. Como estudante de idioma, precisa encontrar caminhos para facilitar o aprofundamento dessa relação ao aprofundamento dessa amizade.”

   José mora na China há treze anos e já se acostumou à vida neste país. Quando olha para esses cem anos do PCC, destaca três grandes feitos do Partido.

Chen Xi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) e chefe do Departamento de Organização do Comitê Central do PCC, pronuncia um discurso ao presidir uma cerimônia de juramento participada por representantes de novos membros do Partido em Beijing, capital da China, em 22 de junho de 2021. (Xinhua/Yin Bogu)

   Para ele, a primeira grande conquista é que o Partido definiu, desde o início, este grande objetivo: lutar pela vida melhor do povo, lutar pela construção de um país.

   O segundo grande feito foi o fato de que a China encontrou seu próprio caminho de desenvolvimento próprio, reforma e abertura. Então, esse é o caminho chinês que não foi fácil. Mas o Partido conseguiu esse caminho de desenvolvimento.

   A terceira grande conquista é a eliminação da pobreza absoluta, meta atingida agora justamente no centenário de fundação do Partido.

   José tem acompanhado diretamente parte dessas mudanças. Em 2012, foi realizado o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Naquela época, ele morava em Beijing e observou de perto algumas importantes transformações. “Aliás, desde o 18º Congresso Nacional do PCC, o Partido tem levado o povo chinês a superar muitos desafios e a obter grandiosas conquistas.”

   Para ele, a China é um grande país e que tem uma população enorme, então sempre haverá desafios. A vantagem é que, sob a liderança do PCC, o país pode encontrar seu próprio caminho de desenvolvimento e melhorar efetivamente os padrões de vida das pessoas.

   “Essas grandes conquistas da China estão diretamente ligadas à capacidade do Partido de unir o povo e o país. O PCC é a espinha dorsal da China. Como pesquisador, é um privilégio poder testemunhar diretamente esse grande acontecimento histórico que é o 100º aniversário da fundação do Partido”, disse José.

Agência Xinhua

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