Los Angeles, 21 abr (Xinhua) — Os Estados Unidos pagaram muito pelas rotinas de Guerra Fria que vêm mantendo e não devem lançar uma nova Guerra Fria contra a China, que poderia criar barreiras à convivência, disse um pesquisador de um think tank.
Em um artigo publicado domingo no Los Angeles Times, Andrew Bacevich, presidente do Quincy Institute for Responsible Statecraft, disse que uma nova Guerra Fria inevitavelmente centralizará as relações sino-americanas em competição militar e confronto, possivelmente nas próximas décadas.
“Apenas aqueles ignorantes dos perigos e estragos reais decorrentes da primeira Guerra Fria poderiam acolher tal perspectiva”, escreveu ele.
Bacevich afirma que os Estados Unidos têm mantido e reutilizado as rotinas custosas que costumavam travar durante a Guerra Fria mesmo após o final dos anos 1980, quando a disputa diminuiu, apontando para o orçamento de defesa próspero do país e a presença e intervenção militar ativa no exterior.
A referência recorrente à Guerra Fria dificulta a imaginação. O gerenciamento da relação EUA-China será uma questão delicada que demandará “maior sabedoria e discernimento do que o Washington establishment tem mostrado nos últimos anos”, alertou o pesquisador.
A realidade é que as duas nações são mutuamente dependentes, sobretudo do ponto de vista econômico, destacou ele, acrescentando que este continuará a ser o caso, e que não haverá outra alternativa aceitável além da convivência mútua.