Brasília, 20 abr (Xinhua) — A arrecadação brasileira de impostos, contribuições e demais receitas federais alcançou em março 137,932 bilhões de reais (US$ 24,942 bilhões), um valor recorde para o mês, informou a Secretaria da Receita Federal nesta terça-feira.
Na comparação com março do ano passado, houve um aumento real (descontada a inflação) de 18,49%.
Segundo a Receita, a arrecadação do mês passado foi influenciada por “recolhimentos atípicos” de aproximadamente 4 bilhões de reais (US $ 723 milhões) por algumas empresas de diversos setores econômicos referentes ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL).
As compras do exterior, de acordo com o órgão, também ajudaram na arrecadação em março, quando houve um aumento real de 50,92% no recolhimento do Imposto de Importação, para R$ 9,099 bilhões de reais (US$ 1,645 bilhão).
No primeiro trimestre, a arrecadação atingiu o montante de 445,9 bilhões de reais (US$ 80,632 bilhões), o que representa um aumento real de 5,64% comparado ao mesmo período de 2020 e também um novo recorde para o período.
Segundo a Receita, nos três primeiros meses houve recolhimentos atípicos de 10,5 bilhões de reais (US$ 1,898 bilhão) correspondentes ao IRPJ e à CSLL.
O bom desempenho da arrecadação ocorreu apesar do Brasil estar atravessando o pior período da pandemia da COVID-19, com medidas de restrição social em diversos estados.
A arrecadação de impostos ainda não sentiu os efeitos da segunda onda da COVID-19 no Brasil, pois ela é resultada de fatos geradores em fevereiro.
O aumento dos contágios e mortes começou a ser sentido novamente, com mais intensidade, em março, com possíveis reflexos na arrecadação de abril.