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Reformas da China para crescimento de alta qualidade ajudam a conter emissões de carbono: chefe do FMI

Foto tirada em 21 de maio de 2007 mostra uma usina de energia eólica em Hexigten Qi na Região Autônoma da Mongólia Interior, norte da China. (Xinhua/Wang Song)

Washington, 15 abr (Xinhua) — As reformas contínuas da China em direção ao crescimento equilibrado e de alta qualidade podem ajudar a conter as emissões de carbono, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, nesta quinta-feira.

“Mudar do crescimento com pesado investimento para o consumo, e apoiar a expansão dos setores de serviços e de alta tecnologia … reduzirá a demanda energética e a intensidade de carbono do crescimento, facilitando assim o alcance de suas metas climáticas”, disse Georgieva em declarações a um seminário de alto nível sobre finanças verdes e política climática realizado pelo FMI e pelo Banco Popular da China.

Observando que a fixação do preço do carbono é a abordagem mais eficiente e econômica para reduzir as emissões, Georgieva disse que o existente imposto sobre carvão na China poderia eventualmente ser ampliado para conter as emissões de CO2.

“A China também está dando um grande passo ao introduzir um sistema nacional de comércio de emissões de carbono para o setor elétrico”, disse ela, acrescentando que o sistema pode se tornar “mais abrangente” mudando o foco para um limite de emissões totais e gradualmente adotando metas mais ambiciosas ao longo do tempo.

Georgieva também comentou que a perspectiva econômica global está “começando a se tornar mais solar” à medida que o FMI recentemente elevou sua previsão de crescimento global para 6% para este ano e 4,4% em 2022.

A economia da China deve crescer 8,4% este ano, e o fundo projeta que “a China contribuirá com mais de um quarto, em média, para o crescimento do PIB global até 2026”, disse.

Georgieva instou os países a transformarem a crise induzida pela pandemia em oportunidades ao “construírem economias mais verdes e mais resilientes ao clima”, o que ajudaria a realizar uma recuperação mais sustentável e inclusiva.

Uma combinação de impostos de carbono e estímulo ao investimento verde poderia aumentar o nível do PIB global nos próximos 15 anos em cerca de 0,7% e criar cerca de 12 milhões de novos empregos até 2027, segundo ela.

A comunidade internacional, disse a chefe do FMI, também precisa se esforçar para fornecer o financiamento climático e as transferências de tecnologia que as economias em desenvolvimento precisam para melhorar seus próprios esforços climáticos.

Um cidadão caminha ao lado de uma zona de alguel de bicicletas em Zhangjiakou, Província de Hebei, norte da China, em 2 de novembro de 2016. (Xinhua/Wang Xiao)
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