Beijing, 14 abr (Xinhua) — O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse nesta terça-feira que a China dá boas-vindas à participação ativa de empresas dos Estados Unidos e de todo o mundo em sua reforma e abertura, bem como em seu processo de modernização.
Li fez as declarações durante um diálogo virtual com líderes empresariais dos EUA, com a presença de presidentes e CEOs do Conselho de Negócios EUA-China e mais de 20 multinacionais americanas.
Promover o desenvolvimento saudável e estável das relações China-EUA é a aspiração comum de ambos os povos e da comunidade internacional, afirmou Li.
Ele pediu que os dois lados implementem os consensos alcançados pelos dois chefes de Estado e defendam os princípios de não conflito, não confronto, respeito mútuo e cooperação de ganhos recíprocos, respeitando os interesses centrais e as principais preocupações de cada lado, intensificando o diálogo e a comunicação, expandindo a cooperação prática e tratando adequadamente as diferenças.
“A essência das relações econômicas e comerciais entre a China e os EUA é de benefício mútuo”, disse Li, acrescentando que tal relacionamento beneficia os dois povos, assim como a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade do mundo.
Observando que o comércio entre os dois países em 2020 aumentou apesar de vários choques, Li apontou que isso indica que existem condições objetivas e oportunidades para a cooperação entre os dois lados.
“Os problemas que ocorrem na cooperação devem ser resolvidos por meio da cooperação”, segundo Li, acrescentando que a dissociação não faz bem a nenhum dos lados e prejudicará o mundo.
Li expressou a esperança de que a China e os Estados Unidos possam chegar a um meio termo, promover a cooperação ao estabelecer uma maior gama de interesses comuns e salvaguardar a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimento.
Ele reiterou que defender a abertura é a política fundamental chinesa e que a porta da China para o mundo exterior se abrirá ainda mais.
De acordo com o primeiro-ministro, ao promover um novo paradigma de desenvolvimento, a China, por um lado, continuará explorando o potencial do mercado interno e constituirá um suporte estável para o crescimento econômico e o emprego e, por outro, abrirá ainda mais o mercado chinês e continuará a fazer da China um importante destino para o investimento estrangeiro bem como um grande mercado para o mundo.
A China se abrirá ainda mais, trabalhará visando um ambiente de negócios baseado no mercado e governado por leis em conformidade com os padrões internacionais, além de promover as reformas para delegar poderes, agilizar a administração e otimizar os serviços governamentais, garantindo igualdade de condições de concorrência tanto para empresas nacionais quanto estrangeiras.
Os participantes do lado americano disseram que evitar conflitos e confrontos e colocar as relações bilaterais novamente em um caminho construtivo é do interesse comum de ambas as partes.
Observando que as relações econômicas e comerciais são o alicerce dos laços bilaterais, eles salientaram que a dissociação trará enormes incertezas, não apenas para os dois países, como também para o mundo todo.
Segundo eles, a comunidade empresarial dos EUA apoia os dois lados a aumentarem a confiança mútua por meio da comunicação, melhorarem a coordenação e a cooperação em áreas como prevenção e controle epidêmicos, mudança climática, desenvolvimento sustentável e inovação, e retomarem os intercâmbios interpessoais o mais breve possível.
Eles afirmaram que as empresas americanas saúdam os progressos feitos pela China nas áreas de abertura e otimização do ambiente comercial, são otimistas quanto às perspectivas e oportunidades de desenvolvimento da China e estão comprometidas com a cooperação comercial e de investimento a longo prazo com o país asiático.