Genebra, 6 abr (Xinhua) – Na véspera do Dia Mundial da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu na terça-feira a melhoria da saúde de todas as pessoas, já que a pandemia de COVID-19 vem aumentando as desigualdades na saúde e no bem-estar dentro e entre países.
“Embora, sem dúvidas, todos tenhamos sofrido o impacto da pandemia, os mais pobres e marginalizados foram os mais atingidos, tanto em termos de vidas quanto meios de subsistência perdidos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.
De acordo com a OMS, estima-se que a pandemia tenha conduzido entre 119 e 124 milhões a mais de pessoas à pobreza extrema em 2020, enquanto evidências convincentes mostram uma disparidade de gênero maior no emprego, com mulheres saindo da força de trabalho em maior número do que homens durante os últimos 12 meses.
“A pandemia de COVID-19 prosperou em meio às desigualdades em nossas sociedades e às lacunas em nossos sistemas de saúde”, disse Tedros.
“É vital que todos os governos invistam no fortalecimento de seus serviços de saúde e na remoção das barreiras que impedem tantas pessoas de usá-los, para que mais pessoas tenham a chance de viver uma vida saudável”, disse ele.
O chefe da OMS apelou ao acesso equitativo às tecnologias de COVID-19 entre e dentro dos países, incluindo testes rápidos, oxigénio, tratamentos e vacinas. Ele disse que a chave é o apoio adicional à COVAX, uma iniciativa global de vacinas liderada pela OMS, que ainda enfrenta um compartilhamento insuficiente de doses de vacina, bem como uma lacuna de financiamento de 22,1 bilhões de dólares americanos.
Ele também recomendou que os governos gastassem mais um por cento do produto interno bruto (PIB) na atenção primária à saúde.
“Agora é a hora de investir na saúde como motor do desenvolvimento”, disse Tedros.