Urumqi, 7 abr (Xinhua) — Autoridades da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, anunciaram nesta terça-feira a prisão de um grupo criminoso separatista no setor educacional.
O líder do grupo é Sattar Sawut, ex-diretor do departamento de educação de Xinjiang e ex-chefe do grupo de liderança da região na reforma curricular da educação básica. Eles incorporaram o separatismo étnico, a violência, o terrorismo e o conteúdo de extremismo religioso em livros didáticos de língua minoritária. Esses livros foram usados por 13 anos. Isso causou graves consequências, disse Wang Langtao, vice-presidente do tribunal popular superior de Xinjiang, em uma coletiva de imprensa.
Sattar Sawut foi condenado à morte com um adiamento de dois anos depois de ser considerado culpado por crimes de separatismo, aceitação de subornos e várias outras infrações. Nascido em novembro de 1947 no distrito de Toksun, Xinjiang, ele assumiu sua culpa e não apresentou apelo contra o veredicto.
O líder separatista aproveitou a compilação e publicação dos livros de língua étnica para escolas primárias e secundárias para dividir o país desde 2002. Ele instruía os outros a escolherem várias pessoas com pensamentos separatistas para se juntar à equipe de compilação dos livros didáticos, conforme descoberto pelo tribunal.
Ele exigia veementemente a incorporação de conteúdos que pregassem o separatismo étnico, a violência, o terrorismo e o extremismo religioso nos livros didáticos para dividir o Estado, segundo o tribunal.
A investigação também constatou que 84 textos pregavam separatismo étnico, violência, terrorismo e extremismo religioso nas edições de 2003 e 2009 dos livros didáticos.
Sob a influência dos livros didáticos, várias pessoas (já condenadas) participaram de ataques terroristas em Urumqi em 5 de julho de 2009 e 30 de abril de 2014, ou se tornaram membros importantes de um grupo separatista liderado pelo ex-professor universitário Ilham Tohti, segundo o tribunal.
Sattar Sawut também se aproveitou de seus cargos governamentais para aceitar subornos no valor de 15,05 milhões de yuans (US$ 2,3 milhões), alegou o tribunal.