Rio de Janeiro, 24 mar (Xinhua) — O Brasil ultrapassou a marca de 300.000 mortes pelo novo coronavírus, após contabilizar 2.009 óbitos nas últimas 24 horas, segundo o balanço oficial do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira.
A cifra mantém o Brasil como segundo país do mundo em número de mortes pela COVID-19, superado apenas pelos Estados Unidos, e foi divulgada um dia depois do recorde diário de 3.251 óbitos.
O número de fatalidades pode ter sido ainda maior, já que o governo modificou ontem, sem aviso prévio, as planilhas para registrar os óbitos, passando a exigir mais informações, o que fez com que vários estados tivessem problemas para inserir as vítimas no registro oficial.
Após as reclamações de várias secretarias de saúde regionais, o governo voltou atrás e se espera que o volume volte a subir nesta quinta-feira, em consonância com as estatísticas das últimas semanas.
De acordo com o Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas foram notificados mais 89.992 casos da doença, terceira maior cifra desde o início da pandemia, elevando o total acumulado a 12.220.011 pessoas.
A média móvel de mortes durante os últimos 7 dias até esta quarta-feira é de é de 2.271, enquanto a de casos positivos é de e 75.085, segundo o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass).
Atualmente, o país registra uma taxa de mortalidade pelo vírus de 143,1 e 5.814,7 casos por cada 100.000 habitantes.
O estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil, segue liderando as estatísticas da COVID-19, com 2.352.438 casos e 68.904 mortos.
O Brasil vive seu pior momento em um ano de pandemia com curvas de mortes e contágios se elevando a cada dia, provocando um colapso sanitário com falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva, e até de oxigênio hospitalar e remédios para intubação de pacientes em todo o país.
Diante dessa situação, os governos regionais e municipais têm decretado medidas severas de restrição social, que incluem toque de recolher do final da noite até o amanhecer, horários especiais para funcionamento de comércio e, em alguns casos, funcionamento apenas das atividades essenciais.
Com relação à vacinação contra a COVID-19 iniciada em todo o país em 18 de janeiro, o consórcio de veículos de imprensa que divulga os dados fornecidos pelas secretarias de Saúde regionais, apontou que até esta quarta-feira 13.389.523 pessoas (6,32% da população brasileira) já receberam a primeira dose de vacina.
A segunda dose já foi aplicada em 4.418.109 pessoas (2,09% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal. No total, 17.807.109 doses foram aplicadas em todo o país.