Beijing, 21 mar (Xinhua) — Os futuros trabalhos para identificar as origens do novo coronavírus excluirão a hipótese de que o vírus vazou de um laboratório chinês, a menos que surjam novas evidências, revelou o chefe chinês da equipe de pesquisa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS)-China, negando que haja desacordos entre especialistas chineses e estrangeiros, apontou o jornal South China Morning Post em um artigo.
“A equipe de especialistas concordou unanimemente que é extremamente improvável que o vírus tenha vazado do laboratório. Por isso, as futuras missões de rastreamento da origem do vírus já não se concentrarão nesta área, a menos que haja novas evidências”, disse Liang Wannian, ex-funcionário da Comissão Nacional de Saúde da China, segundo o artigo publicado na quinta-feira.
A equipe conjunta de especialistas da OMS e China chegou a um importante consenso de que o vírus é de origem natural — a rota de transmissão mais provável é de um hospedeiro natural a um intermediário e depois para humanos–, embora ainda sejam necessárias mais pesquisas a respeito.
O acordo foi fechado depois que os especialistas mantiveram uma “comunicação sincera e profunda” com seus colegas do Centro Provincial de Controle e Prevenção de Doenças de Hubei, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Wuhan, do Instituto de Virologia de Wuhan e outros institutos e laboratórios de biossegurança.
Liang fez os comentários depois que a OMS anunciou na terça-feira que o relatório final da equipe, esperado para esta semana, foi adiado porque não estava pronto.
Ao assinalar que todos os especialistas, provenientes de 10 países, aderem a “princípios científicos e um espírito aberto”, Liang disse que, quanto às informações sobre supostos conflitos entre eles, seus colegas estrangeiros deixaram claro que não se sentem assim absolutamente.