Beijing, 20 mar (Xinhua) — O porta-voz da Agência para a Cooperação de Desenvolvimento Internacional da China (CIDCA, em inglês), Tian Lin, disse nesta sexta-feira que, ao fornecer ajuda com vacinas, a China continuará trabalhando com todas as partes para fazer novas contribuições para a luta global contra a pandemia de COVID-19.
Ele apontou que a China está fornecendo ou fornecerá ajuda com vacinas para 80 países e três organizações internacionais. Para alguns países que realmente têm dificuldades, a China também fornece seringas para facilitar o uso das vacinas. “A ajuda está sendo entregue em tempo hábil e de forma ordenada.”
Tian disse que o escopo da ajuda com vacinas cobre 26 países asiáticos, 34 africanos, quatro europeus, 10 na América e seis na Oceania, acrescentando que a China também está fornecendo ajuda com vacinas para a União Africana, a Liga Árabe e as forças de paz da ONU.
As operações de ajuda com vacinas demonstraram plenamente a confiança na segurança e eficácia das vacinas chinesas demonstradas pela comunidade internacional, especialmente em outros países em desenvolvimento, avaliou Tian.
De acordo com o porta-voz, até o momento, mais de 60 países aprovaram o acesso ao mercado ou emitiram autorizações de uso emergencial para vacinas chinesas.
“O auxílio à vacina contra a COVID-19 é a primeira operação de ajuda com imunizantes em grande escala desde a fundação da República Popular da China”, lembrou Tian.
Com as vacinas chinesas recebendo aprovação condicional do mercado, a China está cumprindo sua promessa de priorizar o fornecimento aos países em desenvolvimento, apontou o porta-voz.
“Os seguintes fatores são nossas principais considerações quando formulamos um plano de ajuda: primeiro, os benefícios do acesso equitativo e oportuno às vacinas para os países em desenvolvimento; segundo, a gravidade da epidemia e as necessidades específicas de ajuda com vacinas dos países em questão; e terceiro, a capacidade do governo chinês de fornecer vacinas”, afirmou.
“Os suprimentos antipandêmicos e vacinas da China são totalmente abertos e honestos”, destacou Tian: “nosso objetivo é ajudar outros países em desenvolvimento a salvar o maior número possível de vidas inocentes, sem qualquer propósito geopolítico ou condições políticas”.
“Sobre a ajuda com vacinas, a China não é uma salvadora, mas estamos dispostos a ser uma amiga no momento de necessidade e uma parceira sincera para ajudar nossos amigos em momentos de dificuldade”, disse ele.
Desde o segundo semestre do ano passado, a comunidade internacional está cada vez mais preocupada com o “déficit de distribuição” global de vacinas, à medida que a pesquisa e o desenvolvimento de imunizantes continuam avançando e as doses gradualmente entrando em uso em diferentes países.
“Os países de alta renda obtiveram suprimentos massivos de vacinas rapidamente, enquanto os pobres continuam de mãos vazias. Esta situação gravemente desequilibrada tem despertado profundas preocupações na comunidade internacional, especialmente nos países em desenvolvimento”, alertou ele.
“Precisamos fazer esforços para promover a distribuição equitativa de vacinas em todo o mundo”.
A China espera que a comunidade internacional se oponha resolutamente aos atos de lucrar às custas dos outros, acumular e monopolizar, e se posicione firmemente contra o “nacionalismo da vacina”, apontou Tian.