“A expansão e abertura da China têm continuidade e estabilidade. Essa expectativa é muito importante para as empresas de capital estrangeiro e é também onde reside nossa confiança em ampliar os negócios na China”, disse Wang Cong, vice-presidente da Ásia-Pacífico da Novonesis, famosa empresa norueguesa de biotecnologia.
Wang Cong fez a afirmação ao saber do relatório de trabalho do governo chinês apresentado pelo primeiro-ministro Li Qiang na sessão anual da Assembleia Popular Nacional. As “duas sessões” são aulas indispensáveis para responsáveis por empresas estrangeiras em território chinês.
Até o fim de 2024, a China contava com mais de 1,23 milhão de empresas de investimentos estrangeiros, somando 20,6 trilhões de yuans. Vale ressaltar que a taxa de lucro das empresas industriais com financiamento estrangeiro é 1,2 ponto percentual acima da obtida pelas empresas nacionais.
O novo relatório de trabalho do governo chinês sinaliza a ampliação da abertura de alto nível e estabilização do comércio exterior e dos capitais estrangeiros entre as dez principais metas para 2025. Em meio ao contexto de ascensão do unilateralismo e do protecionismo na arena internacional, o compromisso chinês é de suma importância para os investidores do exterior.
Segundo o plano, o país vai expandir a abertura dos setores de telecomunicação, saúde e educação e continuar a criando um bom ambiente comercial internacionalizado, orientado para o mercado e baseado na lei.
A Panasonic, do Japão, é uma das pioneiras que ingressou no mercado interno no início da Reforma e Abertura da China. Após mais de 40 anos de negócios no país, a companhia japonesa conseguiu um grande sucesso e está focando agora no desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade. O vice-presidente executivo da Panasonic, Homma Tetsuro, disse que sua empresa vê grande valor nos intercâmbios com as empresas chinesas de inteligência artificial e de equipamentos automáticos.
Um mercado enorme, uma cadeia industrial completa, um ambiente inovador continuamente aperfeiçoado, uma reserva suficiente de talentos e uma atualização constante de consumo são as vantagens específicas da China e as razões pelas quais as empresas estrangeiras querem ampliar seus negócios no país.
O relatório da Câmara de Comércio dos Estados Unidos na China revela que 70% das empresas pesquisadas do setor de consumo querem aumentar seus investimentos no país asiático.
