O chanceler chinês, Wang Yi, reuniu-se neste sábado durante a 57ª Reunião dos Ministros das Relações Exteriores da ASEAN, com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Wang Yi disse que nos últimos três meses as equipes diplomáticas, financeiras, de aplicação da lei, de mudança climática, as forças armadas dos dois países mantiveram contato e os intercâmbios das comunidades civis também aumentaram. No entanto, é preciso salientar que os Estados Unidos não pararam as suas tentativas de conter e reprimir a China, e até intensificaram suas ações, o que aumentaram os riscos e os desafios para as relações bilaterais.
Segundo o chanceler, os EUA insistem numa compreensão errada sobre a China e sempre tratam a China com a sua própria lógica hegemônica. A China não é os EUA e nem quer se tornar os EUA. A China não procura hegemonia ou poder à força, sendo um grande país com o melhor registro em questão de paz e segurança do mundo.
Em relação à questão de Ren’ai Jiao, Wang Yi disse que a China chegou a um acordo de arranjo temporário com as Filipinas para controlar a situação. As Filipinas devem observar seus compromissos e deixar de transportar materiais de construção, enquanto os EUA devem parar de fazer provocações e prejudicar a estabilidade no mar.
Na questão da crise ucraniana, Wang Yi disse que a China sempre tem uma atitude sincera e honesta na promoção das negociações pacíficas. Os EUA devem parar de impor sanções unilaterais e de jurisdição de longo alcance. A China se opõe à difamação, não aceita pressão e tomará medidas resolutas e eficazes para salvaguardar os seus interesses e direitos legítimos.
Antony Blinken, por seu lado, disse que os EUA estão ativamente empenhados em estabilizar as relações com a China. Ele reiterou a posição estudunidense de aderir à política de Uma Só China, e disse esperar manter contato frequente com a China, além de desenvolver uma cooperação no controle de drogas, e na inteligência artificial, entre os outras áreas.
As duas partes também trocaram opiniões sobre a situação em Gaza, da Península Coreana e a questão de Mianmar.