História foi escrita em Joanesburgo este agosto. A Cúpula do BRICS teve lugar na África pela terceira vez, e os líderes da China e da África se reuniram de forma presencial após cinco anos. Juntos, contribuíram para a construção de novos consensos sobre a cooperação Sul-Sul, a formação conjunta da comunidade com um futuro compartilhado China-África de alto nível e injetaram energia positiva na paz e desenvolvimento.
Um novo ponto de partida para a cooperação do BRICS
O BRICS iniciou o processo de expansão com base em consensos no ano passado, durante a presidência chinesa do mecanismo. Foi anunciado, na Cúpula na África do Sul,o convite à Arábia Saudita, o Egípto, os Emirados Árabes Unidos, a Argentina, o Irã e a Etiópia para a família do BRICS como membros oficiais.
É um momento histórico do desenvolvimento do BRICS. É um novo ponto de partida da cooperação do BRICS. De cinco a onze países, a família do BRICS tem mais membros, maior representação geográfica e mais espaço de cooperação. Mais efetivamente promoverá a multipolarização global e a democratização das relações internacionais, ajudará a transformar as estruturas de governança política-econômica global mais justas e equitativas, e aumentará a representação e a voz dos mercados emergentes e países em desenvolviemnto nos assuntos internacionais.
Um novo capítulo para o Sul Global
O BRICS nasceu na tendência histórica da ascensão coletiva dos mercados emergentes e países em desenvolvimento, e é uma plataforma importante de solidariedade e cooperação para os países em desenvolvimento. O seu fortalecimento é bem acolhido pela grande maioria dos países. No entanto, certos países, obcecados pela mentalidade da Guerra Fria, desprezam a cooperação do BRICS e tentam o dividir. Porém, a presença de mais de 60 líderes de países africanos, mercados emergentes e países em desenvolvimento na Cúpula na África do Sul, demonstra que a cooperação do BRICS continua sendo atraente e inspiradora,dando uma resposta contundente aos ruídos e às difamações.
Perante o surgimento incessante de turbulência, tranformação, riscos e desafios no mundo atual, os países em desenvolvimento, despertados de maneira coletiva, têm crescente vontade de buscar a união e o progresso e de se opor à interferência estrangeira. O desenvolvimento pujante do BRICS contribui para a expansão da plataforma para a cooperação Sul-Sul, o fortalecimento das forças defensoras da paz e a ampliação da frente mundial pela justiça. É mais um marco importante da solidariedade e cooperação dos países em desenvolvimento, aumentará ainda mais a representação e a voz do Sul Global na governança global e fortalecerá a confiança do Sul Global em realizar desenvolvimento através da união.
Um novo horizonte para a modernização global
Quem é o verdadeiro amigo? Quem é o verdadeiro parceiro? O presidente Xi Jinping ressaltou que a China sempre respira o mesmo ar e compartilha a mesma sorte com os países em desenvolvimento, e destacou que a China foi, é e será sempre um dos países em desenvolvimento.
Esta declaração solene foi plenamente expressa nas relações China-África. Na última década, a China tem ajudado para a construção de mais de 6.000 quilômetros de ferrovias, mais de 6.000 quilômetros de estradas e mais de 80 grandes instalações de energia elétrica. Estas ações concretas provam que a China é um amigo confiável para a África e uma companheira da África no caminho de modernização.
Desta vez em Joanesburgo, a China anunciou que criará um fundo especial dedicado à implementação da IDG para garantir que no processo da modernização global, nenhum país é deixado para trás. Apresentou três propostas práticas no Diálogo dos Líderes China-África, nomeadamente a Iniciativa de Apoio à Industralização da África, o Plano de Apoio Chinês à Modernização Agrícola da África e o Plano da Cooperação China-África no Desenvolvimento do Talento, com o objetivo de ajudar a África a levar a sua modernização à faixa rápida. Os líderes africanos expressaram o firme apoio à Iniciativa para o Desenvolvimento Global (IDG), Iniciativa para a Segurança Global (ISG) e Iniciativa para a Civilização Global (ICG), todas apresentadas pela China, e reiteraram o compromisso de dar continuidade à promoção da cooperação conjunta de alta qualidade do Cinturão e Rota. Tudo isto é demonstração da firme determinação da China e da África para avançar de mãos dadas rumo à modernização.
Como diz um provérbio africano, “se quer ir rápido, vá sozinho; se quer ir longe, vá em grupo.” No futuro, a grande família do BRICS continua se cooperando para expandir o modelo “BRICS Plus”, enfrentar desafios comuns com um senso de missão compartilhado, abrir um futuro melhor com propósito comum, avançar juntos na jornada à modernização e escrever o novo capítulo da busca de desenvolvimento mediante solidariedade e cooperação dos mercados emergentes e países em desenvolvimento.
(O autor é um observador de assuntos internacionais em Beijing)