O presidente chinês, Xi Jinping, trocou nesta quarta-feira (21) mensagens de felicitações com o governador-geral da Austrália, David Hurley, e o primeiro-ministro do país, Anthony Albanese, pelos 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre as duas nações.
No mesmo dia, os ministros das Relações Exteriores da China e da Austrália realizaram a sexta rodada do Diálogo Diplomático e Estratégico em Beijing e chegaram a vários consensos sobre a melhoria das relações bilaterais. Os dois lados concordaram que as relações China-Austrália devem estar em conformidade com o posicionamento da parceria estratégica integral entre os dois países e embasadas no respeito mútuo, igualdade e benefícios recíprocos e gestão e controle das diferenças.
Em 1972, a China e a Austrália estabeleceram formalmente as relações diplomáticas. Em 2014, o relacionamento foi elevado para o nível de parceria estratégica integral. Em 2015, o Acordo de Livre Comércio entre os dois países entrou em vigor. A China é o maior parceiro comercial da Austrália, enquanto os estudantes chineses são o maior grupo de intercambistas estrangeiros no país e, antes da pandemia de Covid-19, a China era a maior fonte de turistas da Austrália.
Nos últimos anos, no entanto, sob o pano de fundo da promoção dos Estados Unidos de competição entre grandes potências, alguns políticos australianos desistiram da linha pragmática de benefícios mútuos e cooperação amigável com a China e seguiram os Estados Unidos para reprimir o país asiático.
Em maio deste ano, depois que o novo governo do Partido Trabalhista Australiano chegou ao poder, o país mostrou vontade de melhorar e desenvolver as relações com a China. Todos os setores sociais na Austrália também instaram o novo governo a melhorar o relacionamento sino-australiano. A China respondeu positivamente a isso.
O lado chinês propôs que ambas as partes devem seguir os princípios de respeito mútuo, busca de um terreno comum enquanto deixam de lado suas diferenças, assim como benefícios recíprocos e resultados ganha-ganha. Os dois lados podem manter contatos e intercâmbios, lidar adequadamente com as divergências, promover cooperações pragmáticas e intercâmbios culturais.
Não há nenhuma queixa histórica entre a China e a Austrália e nunca houve um conflito de interesses fundamentais. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, destacou que a Austrália está disposta a manter a intenção original de estabelecer relações diplomáticas com a China e promover o desenvolvimento estável das relações bilaterais. O lado australiano também afirmou que o novo governo aderirá à política de “uma só China” e administrará de forma apropriada as diferenças entre os dois países.
O lado australiano deve implementar as declarações relevantes, respeitar as diferenças de sistemas políticos, história, cultura e valores entre a China e a Austrália, evitar interferir nos assuntos internos chineses em questões como Xinjiang, Hong Kong e direitos humanos e criar novas oportunidades para a China e a Austrália reconstruírem a confiança política mútua.
Atualmente, as relações China-Austrália ainda enfrentam desafios. Os dois lados devem aproveitar a comemoração do 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas como uma oportunidade para implementar conjuntamente os importantes consensos alcançados pelos líderes dos dois países e promover a melhoria e desenvolvimento das relações bilaterais. Uma relação sino-australiano saudável e estável não apenas corresponde aos interesses fundamentais dos dois povos, mas também conduz à promoção da paz, estabilidade e prosperidade na região da Ásia-Pacífico e no mundo.