O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, concluiu sua visita de dois dias à China na última segunda-feira (19). Blinken foi o primeiro representante do governo Biden a visitar a China, além de ser o funcionário de mais alto escalão do governo do país a viajar à República Popular da China, desde outubro de 2018. Até certo ponto, isso mostra que as relações entre ambos se encontram em seu ponto mais baixo desde que os dois países estabeleceram as relações diplomáticas.
Na reunião com Blinken, o lado chinês deixou clara sua posição. O declínio nas relações sino-estadunidenses se deve principalmente à política equivocada dos EUA em relação à China, baseada em informações falsas sobre o país asiático. Os EUA precisam refletir profundamente sobre isso. Para conter a tendência de queda e reestabilizar as relações bilaterais, os acordos alcançados pelos dois líderes precisam ser efetivamente implementados.
A China reiterou no encontro que respeita os interesses dos Estados Unidos, e não pretende desafiar ou substituir sua contraparte. Portanto, o Estado americano também deve respeitar a China e não infringir seus direitos e interesses legítimos. Isso mostra que a China não segue o curso ocidental de “hegemonia de uma potência forte”, e tampouco aceita a opressão estrangeira sob nenhuma circunstância.
A questão de Taiwan é o cerne dos principais interesses da China. É também o aspecto mais importante das relações sino-americanas. A China apelou que os EUA aderissem aos três comunicados conjuntos sino-americanos e ao princípio de Uma Só China, respeitassem a soberania e a integridade territorial da China, e rejeitassem inequivocamente “as aspirações de independência de Taiwan”.
Além disso, a China pediu aos Estados Unidos para que interrompessem a propaganda sobre a “ameaça da China”, suspendessem as sanções unilaterais ilegais contra o país e interrompessem a supressão do desenvolvimento científico e tecnológico chinês. Durante a visita de Blinken à China, os dois lados concordaram em avançar continuamente nas consultas sobre os princípios orientadores das relações bilaterais, promover as deliberações do grupo de trabalho conjunto bilateral, expandir os intercâmbios culturais e educacionais e realizar discussões sobre o aumento dos voos de passageiros entre os dois países. Isso mostra que ambos os países têm amplos interesses comuns e um vasto espaço de cooperação, além de poderem dar impulso à melhoria das relações bilaterais.
Os EUA devem cumprir suas promessas e demonstrar o prestígio de uma grande potência com ações sinceras. Somente dessa forma, as relações sino-estadunidenses poderão voltar aos trilhos. A comunidade internacional pode abarcar o desenvolvimento individual e a prosperidade comum de ambos os países.