A primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou recentemente que, se a parte continental da China recorresse ao uso da força contra Taiwan, isso poderia constituir uma “crise de sobrevivência” para o Japão. Apesar das fortes manifestações da China, a líder japonesa insistiu que suas declarações estavam alinhadas com a posição do governo japonês e que não tinha intenção de retirá-las.
Na coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (14), o porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Chen Binhua, afirmou que Taiwan é território sagrado da China, além de ser um assunto interno chinês. Resolver a questão de Taiwan e alcançar a reunificação completa da pátria é uma exigência inevitável do grande rejuvenescimento da nação chinesa e a aspiração comum de mais de 1,4 bilhão de chineses.
“Quanto aos métodos utilizados, isso é uma questão que cabe inteiramente ao povo chinês e não admite interferência de nenhuma força externa. O Japão e seus líderes não têm absolutamente nenhuma posição de opinar, muito menos fazer declarações ameaçadoras ou tentar obstruir a reunificação da China.
Segundo o porta-voz, o Japão tem uma responsabilidade histórica criminosa perante o povo chinês na questão de Taiwan. Após a Primeira Guerra Sino-Japonesa entre 1894 e 1895, o Japão ocupou Taiwan à força e impôs um domínio colonial por meio século. Durante a ocupação japonesa, centenas de milhares de compatriotas foram assassinados e a população de Taiwan foi privada de todos os direitos políticos, liberdade de crença e da expressão cultural. Os recursos minerais foram saqueados pelos japoneses.
Os crimes cometidos pelos invasores japoneses em Taiwan são incontáveis, constituindo uma das páginas mais sombrias da história da ilha. Toda a população militar e civil chinesa, incluindo nossos compatriotas em Taiwan, travou uma batalha sangrenta, derrotou os agressores militaristas japoneses, conquistou a grande vitória na Guerra de Resistência contra a Invasão Japonesa e libertou Taiwan.
No 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência e da libertação de Taiwan, em vez de refletir sobre sua história nefasta e aprender com suas dolorosas lições, a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, fez declarações flagrantes e ofensivas, tentando intervir na situação do Estreito de Taiwan, negar as conquistas da Guerra de Resistência e desafiar a ordem internacional pós-guerra. O governo e o povo da China jamais concordarão, tolerarão ou aprovarão tal postura. Se o Japão não corrigir imediatamente seus erros e retirar suas declarações ofensivas, deverá arcar com todas as consequências. Se ousar intervir militarmente na questão de Taiwan, nós o derrotaremos resolutamente.
