Pesquisa do CMG: a guerra é mais do que apenas um departamento dos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva no dia 5 deste mês que mudou o nome do Departamento de Defesa Departamento de Guerra. Essa medida emite um sinal aos adversários que os EUA estão preparados para entrar em guerra para defender seus interesses.

 

Oitenta anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, a palavra “guerra” é particularmente gritante, gerando uma grande repercussão internacional. O Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês) realizou entre 2023 e 2024 um levantamento com 14.071 entrevistados em 38 países do mundo, que mostrou como os costumes bélicos dos EUA prejudicaram gravemente sua imagem internacional, e que os entrevistados duvidaram, em geral, da legitimidade dos EUA como “líder” nas relações internacionais.

 

Na pesquisa, 61,3% dos entrevistados acreditam que os EUA são o país mais beligerante do mundo; 70,1% consideraram que a exportação de guerra pelos EUA causou graves crises humanitárias em todo o mundo. Os entrevistados na Europa e na América do Sul compartilharam também dessa opinião, com 74,3% e 77,4%, respectivamente. Outros 73,9% dos entrevistados em países europeus afirmaram que a frequente ajuda militar dos Estados Unidos a outros países ameaça seriamente a paz e a estabilidade mundiais. Além disso, 63,8% dos entrevistados condenaram o envolvimento de longo prazo dos Estados Unidos na incitação de revoluções em outros países, enquanto 57,4% acreditam que a OTAN, liderada pelos EUA, reforçaram as tensões geopolíticas globais.

 

As contínuas ambições expansionistas dos Estados Unidos prejudicaram gravemente sua credibilidade nacional e sua imagem pública. A pesquisa constatou que apenas 49,6% dos entrevistados acreditam que os Estados Unidos são confiáveis, uma queda global de 8,4 pontos percentuais na confiança nos últimos dois anos. A confiança nos Estados Unidos entre os entrevistados na Europa e na Oceania foi de apenas 39,6% e 37,6%, respectivamente, quedas de 11,5 e 10,4 pontos percentuais nos últimos dois anos. Além disso, 79,6% dos entrevistados em países europeus acreditavam que os Estados Unidos eram “um país hegemônico”, enquanto 51,1% dos entrevistados na Oceania acreditavam que os EUA eram “um país a ser temido”.

CRI Português

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