Na recém-encerrada 6ª Cúpula de Multinacionais de Qingdao, na província de Shandong, vários executivos estrangeiros descreveram a China com expressões como “mercado estratégico importante”, “o maior do mundo” e “emocionante”, destacando as vantagens incomparáveis do mercado chinês.
Como o primeiro evento econômico e comercial com abrangência nacional voltado especialmente para empresas multinacionais, a cúpula deste ano atraiu 570 convidados de 465 empresas provenientes de seis continentes, batendo um recorde histórico. Durante a cúpula, foram assinados 40 acordos importantes, totalizando US$ 5,93 bilhões. O evento também estabeleceu muitos feitos históricos: o maior número de “novos amigos”, com 131 participantes estreantes, representando 23% do total; um aumento na presença de países de mercados emergentes, como ASEAN, Oriente Médio e África; e a programação mais diversificada, com fóruns focados em temas quentes como cooperação em investimentos de fundos estrangeiros, economia prateada (que envolve a população com mais idade), aviação geral e desenvolvimento da economia de baixa altitude, criando novas plataformas de colaboração para empresas estrangeiras.
O tema dessa edição foi “Empresas Multinacionais e a China — Conectando o Mundo, Cooperando para Benefícios Mútuos”, destacando a posição estratégica chinesa na implantação global das companhias multinacionais. No passado, as empresas estrangeiras se integraram profundamente à economia do país, promovendo a conexão com o mundo. Agora, elas acreditam que estar na China é uma maneira melhor de se conectar com o restante do planeta.
Relatório divulgado no evento mostra que, entre 2013 e 2023, o número de pesquisadores em tempo integral nas grandes empresas industriais de capital estrangeiro chinesas cresceu 33,2%, e o investimento em pesquisa e desenvolvimento aumentou 86,5%. Tomando Beijing como exemplo, mais de 110 novos centros estrangeiros para pesquisa e desenvolvimento foram reconhecidos em 2024. Até janeiro deste ano, esse número chegou a 221, alcançando um crescimento exponencial.
Nos primeiros cinco meses do ano, o uso real de capital estrangeiro nos setores de alta tecnologia na China apresentou crescimento expressivo: 146% em serviços de comércio eletrônico, 74,9% na fabricação de aeronaves e equipamentos aeroespaciais, 59,2% na produção de produtos farmacêuticos químicos e 20% na fabricação de instrumentos e equipamentos médicos.
Olhando para o futuro, um ambiente político estável e aberto é essencial para o desenvolvimento sustentável das empresas estrangeiras. Desde a abertura total do setor manufatureiro até o avanço na abertura institucional com base em regras, regulamentos, gestão e padrões, a China continua oferecendo um ambiente de desenvolvimento equitativo para todos.
Hoje, por meio de uma série de medidas para facilitar investimentos e promover serviços personalizados, a China está criando um espaço ainda mais amplo para atuação dessas empresas. Um exemplo é o fundo global da indústria médica, criado em parceria entre a AstraZeneca, do Reino Unido, e empresas chinesas, que já investiu em 27 empreendimentos locais, ajudando-os a levar seus produtos ao mercado global.
