
“A opinião global sobre os Estados Unidos tornou-se negativa, enquanto a favorabilidade em relação à China cresce.” Uma pesquisa recente da empresa estadunidense de consultoria Morning Consult mostra que, até o final de maio deste ano, o índice líquido de favorabilidade global dos EUA caiu para -1,5, enquanto o da China subiu para 8,8. O diretor da empresa classificou o resultado como “um golpe no poder brando dos EUA”. O fato confirma uma tendência: o mundo está cada vez mais crítico em relação aos EUA e mais favorável à China.
Desde o início do ano, o uso abusivo de medidas tarifárias pelos EUA tem provocado uma série de efeitos negativos, não apenas para a economia global, mas também para o próprio país. No último dia 4, o governo estadunidense anunciou o aumento das tarifas sobre aço e alumínio importados, de 25% para 50%, o que gerou forte condenação internacional.
Na prática, essa nova rodada de aumentos tarifários atingirá principalmente os próprios aliados dos EUA. Atualmente, cerca de um quarto do aço e metade do alumínio utilizados pelo país vêm de importações. Segundo dados do American Iron and Steel Institute, os principais países exportadores de aço para os EUA são Canadá, Brasil, México, Coreia do Sul e Vietnã.
No caso da China, as exportações de aço e alumínio para os EUA representam apenas cerca de 10% do total. Os fatos já demonstraram que esse tipo de tarifação acaba sendo repassado ao consumidor estadunidense. Veículos de comunicação ocidentais afirmam que os EUA “estouraram o crédito estratégico acumulado desde a Segunda Guerra Mundial”.
Atualmente, os EUA, por um lado, continuam a elevar tarifas contra seus parceiros comerciais; por outro, violam o consenso das negociações econômicas e comerciais sino-americanas realizadas em Genebra, lançando acusações infundadas contra a China e intensificando a ruptura no comércio internacional e na economia mundial.
Cada vez mais países percebem que o lema “America First” só traz instabilidade, e que ceder à intimidação tarifária resulta, inevitavelmente, em prejuízos. Apenas com unidade, autossuficiência e cooperação mutuamente benéfica será possível defender direitos, garantir interesses e alcançar o desenvolvimento comum.
