Em resposta ao ato intimidador dos Estados Unidos de impor “tarifas recíprocas” contra todos os parceiros comerciais, a China divulgou nesse sábado (5) o documento “Posição do governo chinês sobre a oposição ao abuso de tarifas dos EUA”.
O texto com mil caracteres chineses afirma que o uso de medidas tarifárias pelos norte-americanos como uma arma de extrema pressão é um ato típico do unilateralismo, do protecionismo e do bullying econômico.
Não há vencedor em uma guerra comercial e o protecionismo não é uma solução. Quando o lado estadunidense reclama que o mundo se aproveitou dele, está distorcendo deliberadamente o fato de que o país foi o maior favorecido pelo sistema de livre comércio global, após a Segunda Guerra Mundial.
Tomamos como exemplo a cooperação entre China e EUA. Desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1979, os Estados Unidos se beneficiaram muito com a cooperação econômica e comercial bilateral. Mais de 70 mil empresas estadunidenses investiram e deram início a negócios na China. As exportações para o país asiático geraram 930 mil empregos nos EUA.
No entanto, quando os Estados Unidos obtêm benefícios, chantageiam outros países com tarifas para manter sua hegemonia à custa dos interesses de todo o mundo. A pressão e a ameaça são inúteis para a China. O país respondeu de forma eficaz às tarifas impostas pelos EUA com uma série de contramedidas precisas. A reação não é apenas para proteger sua própria soberania, segurança e seus interesses de desenvolvimento, mas também para defender o sistema de comércio multilateral e as regras de comércio internacional.
Enquanto os EUA continuam erguendo barreiras alfandegárias, a China está se abrindo cada vez mais para o exterior e oferecendo mais oportunidades para o mundo todo. Há alguns dias, o presidente chinês, Xi Jinping, reiterou, em uma reunião com representantes de empresas internacionais, que a China promoverá a reforma e abertura com determinação inabalável, abrindo cada vez mais sua porta e que a política de utilização dos investimentos estrangeiros não mudará.
O recente Fórum de Alto Nível sobre o Desenvolvimento da China contou com a participação de mais de 80 representantes de empresas multinacionais, sendo que as estadunidenses foram cerca de um terço dos participantes. Isso reflete a decisão racional das empresas multinacionais.
O mundo quer a justiça, mas não a hegemonia. Essa é a declaração clara da China e a voz comum da comunidade internacional.