Após meio ano de apuração e coleta de evidências, a China divulgou nesse sábado (8) os resultados de sua investigação antidiscriminação contra o Canadá. Segundo o levantamento, a imposição de tarifas pelo governo canadense a veículos elétricos, aço e alumínio chineses no ano passado constituiu restrições discriminatórias, afetando a ordem comercial normal e prejudicando os direitos e interesses legítimos das empresas do país asiático.
Foi a primeira investigação antidiscriminação comercial do mundo. Com base nos resultados, a China anunciou nesse sábado que, a partir de 20 de março, imporá tarifas de 100% sobre óleo de colza, torta de sementes oleaginosas e ervilhas canadenses, além de taxação de 25% sobre produtos aquáticos e carne suína do país norte-americano.
A parte chinesa revelou que, em agosto do ano passado, o Canadá anunciou uma tarifa de 100% sobre os carros elétricos chineses e de 25% sobre os produtos de aço e alumínio chineses. As medidas entraram em vigor em outubro de 2024. Depois disso, as exportações de veículos elétricos da China para o Canadá despencaram de 8.972 unidades, em agosto do ano passado, para 100 unidades em dezembro passado, queda de 99%. Além disso, siderurgia, alumínio e outras indústrias relacionadas também foram afetadas.
Por isso, as contramedidas chinesas foram amplamente aplaudidas por associações comerciais dos setores, como a Câmara de Comércio de Metais, Minerais e Produtos Químicos da China e a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, entre outras.
Vale lembrar que a China realizou a investigação desde setembro do ano passado, com base nas regras e nos regulamentos da Organização Mundial de Comércio (OMC) e nas leis internacionais e domésticas competentes.
A parte canadense deve fazer agora uma profunda retrospecção. Sua conduta visa a colaborar com as tarifas extras dos Estados Unidos contra produtos chineses e conseguir o apoio do país vizinho. No entanto, o Canadá até hoje não parou de ser humilhado por Washington. O presidente Donald Trump qualificou o Canadá como 51º estado norte-americano. Além disso, produtos canadenses também são alvos das novas e altas tarifas estadunidenses.
O Canadá é exemplo para todo o mundo ao mostrar que quem tenta bajular os EUA não terá sucesso e quem faz mal contra a China vai sofrer contramedidas rigorosas.