O Conselho de Segurança das Nações Unidas votou ontem (24) um projeto de resolução relacionada à Ucrânia proposto pelos Estados Unidos. Com cinco abstenções, 10 países, incluindo a China, os Estados Unidos e a Rússia, votaram a favor, aprovando o documento.
A proposta apresentada pelos EUA está alinhada com o projeto de resolução apresentado anteriormente na Assembleia Geral da ONU, pedindo um fim rápido do conflito e uma paz duradoura entre a Ucrânia e a Rússia.
Antes da votação, a França, o Reino Unido e a Grécia pediram ao Conselho de Segurança que adiasse a votação até o dia 25 de fevereiro, com forte oposição de Washington. Ao votar sobre o adiamento, a China e outros cinco países concordaram, os Estados Unidos e dois outros países se opuseram e a Rússia e cinco outros países se abstiveram. Devido ao não cumprimento do requisito mínimo de nove votos de apoio, a moção dos países europeus não foi aprovada e a votação continuou.
O repórter do CMG em Nova York, Xu Dezhi, comentou que, embora a maioria dos países tenha acolhido a resolução do Conselho de Segurança sobre a crise na Ucrânia, pode-se ver que as posições dos Estados Unidos e seus aliados europeus estão começando a divergir significativamente.
Mais tarde, os países europeus propuseram três emendas, pedindo a substituição da frase “conflito Rússia-Ucrânia” pela “agressão total da Rússia”, a inserção no preâmbulo da afirmação “reafirmando o compromisso com a soberania, independência, unidade e integridade territorial, incluindo suas águas territoriais, da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”. Nos parágrafos seguintes, pediu-se a substituição de “paz duradoura entre a Ucrânia e a Federação Russa” por “uma paz justa, duradoura e abrangente entre a Ucrânia e a Federação Russa, de acordo com a Carta das Nações Unidas e os princípios da igualdade soberana e integridade territorial dos Estados”.
A primeira alteração recebeu seis votos a favor, um contra e oito abstenções. Por isso, não foi aprovada.
As duas outras emendas foram vetadas pela Rússia e também não foram aprovadas.