Depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou ao poder, ele emitiu, sob o princípio “America first”, uma ordem de congelamento de 90 dias em quase todos os projetos de ajuda dos EUA no exterior. No entanto, as autoridades das Filipinas alegaram recentemente que os US$ 336 milhões em ajuda militar às Filipinas foram “isentos”.
Atualmente, as Filipinas são o país da região Ásia-Pacífico que mais recebe ajuda dos Estados Unidos. Essas assistências abrangem vários setores, incluindo militar, desenvolvimento socioeconômico, humanitário e educação, dos quais, a ajuda militar representa a maior parcela. O que os EUA podem obter das Filipinas em termos de ajuda militar? Analistas apontaram que, por um lado, isso facilita a infiltração dos EUA nas Filipinas, que se separaram do domínio colonial dos EUA em 1946, entretanto, os Estados Unidos mantiveram sua influência no país por meio de ajuda militar. As Filipinas, por outro lado, usaram a ajuda dos EUA para comprar várias armas e equipamentos a fim de melhorar suas capacidades de defesa nacional. Em suma, a ajuda militar faz dos Estados Unidos uma espécie de “mão invisível” que manipula os departamentos militares e policiais filipinos, a fim de implementar a “vontade” da Casa Branca.
Mais importante ainda, os Estados Unidos tentam transformar as Filipinas em uma “peça de xadrez” com o intuito de conter a China, encorajando-a a provocá-la no Mar do Sul da China, para implementar a chamada estratégia de “usar o mar para controlar a China”.
Para as Filipinas, a ajuda militar dos EUA apenas satisfaz os interesses privados de alguns políticos em detrimento dos interesses nacionais das Filipinas. O atual governo filipino vem provocando a China no Mar do Sul da China e está ansioso para desenvolver mísseis de médio alcance, o que impacta severamente a estrutura de segurança regional liderada pela ASEAN.
Recentemente, a China e a ASEAN realizaram a 31ª Consulta de Altos Funcionários China-ASEAN e a 23ª Reunião de Altos Funcionários sobre a Implementação da Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China. Os dois lados concordaram em continuar enriquecendo o conteúdo da parceria estratégica abrangente, aumentar a confiança política mútua, aprofundar a cooperação pragmática em diversas áreas e construir uma comunidade China-ASEAN mais próxima com futuro compartilhado. As participantes também concordaram com a importância de manter a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China, de reforçar o diálogo, manter a contenção e tratar adequadamente das diferenças, com o fim de proteger a estabilidade da situação marítima.
Diante do apelo comum dos países regionais para manter o desenvolvimento pacífico, a conduta das Filipinas está tornando o país isolado na região. A chamada ajuda dos Estados Unidos acabará transformando as Filipinas de um peão para uma peça descartada, a qual não será capaz de interromper a tendência de paz e estabilidade no Mar do Sul da China.