Relações EUA-China podem inaugurar nova era de cooperação bilateral

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou oficialmente seu segundo mandato presidencial ontem (20).

“A expectativa é de que possam promover um maior progresso nas relações China-EUA a partir de um novo ponto de partida”. “Os EUA e a China são os países de maior relevância do mundo atualmente e devem manter uma amizade duradoura e trabalhar juntos para salvaguardar a paz mundial” – o presidente chinês, Xi Jinping, conversou por telefone com Donald Trump há três dias, na ocasião, foram alcançados importantes consensos sobre o futuro desenvolvimento das relações bilaterais.

Trata-se de uma importante conversa realizada em um momento crítico. Diversos meios de comunicação estrangeiros divulgaram que a importância que os dois lados atribuírem ao diálogo diminuirá a preocupação global de que ambos os países acabem não se entendendo bem.

A China e os Estados Unidos são rivais ou parceiros? Esta é uma questão fundamental que influencia a direção das relações bilaterais. A China tem enfatizado repetidamente que está disposta a ser parceira e amiga dos EUA e espera que a parte estadunidense siga o caminho correto e respeite a trajetória do desenvolvimento chinês.

As relações econômicas e comerciais são imprescindíveis para ambas as partes. Apesar das diferenças e atritos, o benefício mútuo e os ganhos compartilhados são a essência de tal cooperação. Como as duas maiores economias do mundo, o volume do comércio bilateral ultrapassa US$ 660 bilhões e o estoque de investimento supera US$ 260 bilhões.

Além disso, os dois países possuem amplos interesses comuns e potenciais de cooperação em áreas como energia, ciência e tecnologia, combate ao narcotráfico, aplicação da lei, mudanças climáticas, assim como intercâmbios cultural e interpessoal. A coordenação e a cooperação entre China e Estados Unidos são indispensáveis para promover a recuperação econômica mundial e resolver questões internacionais e regionais de grande relevância.

É evidente que China e Estados Unidos possuem condições nacionais bem diferentes e, inevitavelmente, haverá divergências. Como lidar com elas? A chave é respeitar os interesses centrais e as principais preocupações de cada uma das partes, entender seus respectivos princípios e fundamentos e encontrar maneiras de resolver os problemas adequadamente.

Ao relembrar os 46 anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas sino-estadunidenses, não se pode ignorar as enormes mudanças na situação internacional e nos laços bilaterais, contudo, um fato básico permanece inalterado, China e Estados Unidos sempre sairão ganhando com a cooperação e perderão com o conflito.

Agora, as relações China-EUA estão em um novo ponto de partida. Aderindo à liderança estratégica dos dois chefes de Estado e implementando efetivamente os importantes consensos alcançados, a China e os Estados Unidos poderão reiniciar com o pé direito a administração do relacionamento bilateral e, em seguida, inaugurar uma nova era de convivência harmoniosa.

CRI Português

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