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Pesquisa da CGTN: Países do Brics pedem reforma na governança global e as percepções da China melhoram a cooperação

“A ascensão coletiva dos Mercados Emergentes e dos Países em Desenvolvimento representados pelo Brics está mudando fundamentalmente o cenário global.” Como disse o presidente chinês Xi Jinping: “Independentemente da resistência que possa haver, o Brics, uma força positiva e estável em prol do bem, continuará a crescer”.

De acordo com uma pesquisa realizada pela CGTN em cooperação com a Universidade Renmin da China e o New Era Institute of International Communication, com1. 634 participantes dos países do Brics, o poder do bloco injetou ímpeto na governança global para a maioria dos entrevistados. Para eles, é imperativo promover a construção de uma ordem internacional mais justa e razoável.

Demandas de desenvolvimento não podem ser ignoradas, pois há expectativas de uma reforma acelerada na governança global.

No mundo atual, a globalização econômica está imersa em desafios, com   conflitos cada vez mais acentuados entre o multilateralismo e o unilateralismo, assim como entre a justiça e a hegemonia. A lacuna de desenvolvimento entre o Norte e o Sul Global continua crescendo. A natureza institucional e as contradições profundamente enraizadas da ordem internacional dominada por poucos países desenvolvidos estão progressivamente mais evidentes. Tornou-se uma forte aspiração dos países do Brics promover a construção de uma nova ordem internacional mais justa e razoável.

Na enquete, 96,2% dos entrevistados acreditam que os países devem   participar igualmente dos assuntos internacionais e trabalhar juntos para estabelecer um sistema e uma ordem internacionais. A necessidade de reformar as regras internacionais atuais, que são dominadas principalmente pelos países desenvolvidos, foi endossada por 72,6% dos entrevistados. Além disso, os integrantes do Brics têm grandes expectativas em relação às Nações Unidas como núcleo do sistema internacional. Para 83,9% dos participantes, a ONU precisa dar maior atenção aos interesses e às demandas dos países do “Sul Global”.

Sobre os “Principais aspectos da ordem internacional que precisam de reforma urgente”, os entrevistados manifestaram expectativas mais diversificadas e urgentes. Entre eles, 63,6% pediram mais transparência na gestão de crises. 60,2% ressaltaram maior representação e voz para os países em desenvolvimento nos assuntos internacionais, 56,8% acreditam que os países devem respeitar o direito internacional, e 55,9%   solicitaram que as instituições como o Conselho de Segurança da ONU reforcem a cooperação e a coordenação internacionais.

Além disso, 49,6% dos integrantes se opõem ao comportamento de usar sanções militares contra outros países, já 48,7% esperam reduzir a disparidade entre o Norte e o Sul por meio da ajuda internacional, compartilhamento de conhecimentos e transferência de tecnologia. Por  fim, 45,8% pediram a redução das barreiras comerciais e das medidas protecionistas.

Três iniciativas globais alcançam amplo consenso: Brics espera mais soluções chinesas.

Há muito tempo, a busca pela paz, desenvolvimento, cooperação e ganhos recíprocos tem sido a aspiração e a responsabilidade comuns dos países do Brics. Como um dos membros fundadores do Brics, a filosofia de desenvolvimento e as conquistas de modernização da China estão injetando um forte impulso no mecanismo de cooperação do bloco.

Os dados mostram que o valor de importação e exportação entre a China e a Rússia, a Índia, o Brasil e a África do Sul cresceu de 960,21 bilhões de yuans em 2009 para 4,32 trilhões de yuans em 2023, com um crescimento médio anual de 11,3%. Após a expansão do mecanismo de cooperação do Brics este ano, as importações e exportações da China com out

ros países do Brics de janeiro a setembro atingiram 4,62 trilhões de yuans, um aumento anual de 5,1%.

A pesquisa constatou que os entrevistados avaliaram positivamente a importante contribuição da China no aprofundamento da cooperação do Brics em vários campos, incluindo a promoção da paz, da estabilidade, do desenvolvimento e da prosperidade do mundo, além do enfrentamento conjunto dos desafios globais. Na classificação da contribuição da China para o Sul Global, os cinco principais aspectos foram o fortalecimento da construção de infraestrutura (79,7%), o fornecimento do suporte  financeiro e técnico (77,1%), o compartilhamento de experiências de desenvolvimento (77,5%), o reforço do cultivo de talentos (75,4%) e o compartilhamento de experiências no alívio da pobreza (72,9%). Além disso, os participantes reconheceram positivamente a filosofia de desenvolvimento da China na modernização: 89,4% concordaram que o desenvolvimento é a principal tarefa dos países em desenvolvimento; 88,6% elogiaram a abordagem de desenvolvimento “centrada nas pessoas”, afirmando que os países devem garantir e melhorar os meios de subsistência da população; 93,6% apoiaram as práticas orientadas à ação, pedindo que os países aprofundem a cooperação prática e promovam conjuntamente o desenvolvimento global. E 89,8% endossaram a  estratégia orientada à inovação proposta pela China, que espera aproveitar as novas oportunidades da mais recente revolução tecnológica para explorar novos fatores de crescimento econômico.

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