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Presidente da Finlândia concede entrevista exclusiva ao CMG

O presidente da Finlândia, Alexander Stubb, chegou a Beijing em 28 de outubro para uma visita oficial à China de quatro dias. Esta data coincidiu com o 74º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Trata-se da sua primeira visita à China após assumir o cargo como presidente da Finlândia. Quais são as expectativas dele para o desenvolvimento das relações bilaterais? Diante das mudanças globais, como ele espera aprofundar a cooperação multilateral e responder aos desafios de mãos dadas? Stubb deu suas respostas ao conceder uma entrevista exclusiva ao Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês).

Segundo Stubb, a China tem 1,4 bilhão da população, enquanto a Finlândia tem apenas 5,5 milhões. Existe uma diferença de escala entre os dois países. Para a Finlândia, manter boas relações com um país tão grande como a China é extremamente importante. A singularidade dos laços Finlândia-China vem da confiança mútua em áreas como comércio, negócios e inovação. Atualmente, há 250 empresas finlandesas na China. Parece não haver tabus nas relações bilaterais, o que é muito positivo.

Ele declarou que a inovação é, de fato, a chave. Essa inovação requer o apoio de instrumentos financeiros. Só desta forma a inovação pode ser criada. Um exemplo importante da necessidade de inovação é na área do clima e do meio ambiente. A Finlândia se destaca no fornecimento de energia elétrica. Mais de 90%, até cerca de 95% de eletricidade do país provém de fontes limpas, resultando praticamente em nenhuma emissão de dióxido de carbono. A Finlândia também conta com várias fontes de energia, como nuclear e hidrelétrica. Stubb acredita que a cooperação com a China nessa área será altamente eficaz.

Stubb relembrou os encontros em 2009 e 2010, quando Xi Jinping ainda era vice-presidente da China, observando que o líder chinês demonstrava interesse em entender o cenário internacional e estava disposto a discutir de forma aberta e franca. Nos últimos quatorze ou quinze anos, o mundo passou por muitas transformações. A Europa enfrentou uma crise financeira e a China emergiu de um país emergente para uma potência de influência global. A Europa enfrentou uma crise de refugiados, enquanto o populismo de direita e esquerda cresceu. Atualmente, têm ocorrido conflitos na Ucrânia, Palestina, Líbano e Sudão, causando situações que mostram que a ordem mundial continua a mudar. “Nesse sentido, o presidente Xi Jinping é um excelente parceiro de diálogo, com quem posso discutir diferentes pontos de vista sobre a situação global”, destacou Stubb.

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