A Noruega quer expandir a cooperação com a China em diversas áreas como comércio e assuntos internacionais. Esta foi a declaração do primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, que fez uma visita oficial à China entre os dias 9 e 11 deste mês.
Após uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping, o primeiro-ministro Li Qiang, e o principal legislador chinês Zhao Leji, na capital chinesa, Støre viajou para Shanghai em um trem de alta velocidade no dia 10.
Em entrevista à China Global Television Network (CGTN) no trem, o primeiro-ministro disse que sua visita tinha como objetivo aprofundar os laços entre a Noruega e a China, que celebram sete décadas de relações diplomáticas este ano.
“Acredito que os países devem se comunicar e manter contato, realizar trocas comerciais, e dialogar abertamente sobre os pontos em que divergem ou concordam”, apontou. Segundo Støre, a China e a Noruega mantêm relações diplomáticas há quase 70 anos. “O objetivo da minha visita é, portanto, atualizar as relações sino-norueguesas. Vim com uma delegação comercial pequena, mas muito representativa, de empresas líderes”, afirmou o premiê norueguês.
Støre acredita que países como a Noruega e a China devem abordar as questões internacionais. “Passamos por pandemias e flutuações econômicas, e agora no continente europeu, onde meu
país fica, há uma guerra em grande escala na Ucrânia e conflitos no Oriente Médio que precisam ser discutidos em conjunto”, indicou. Ele também afirmou que a Noruega e a China têm culturas e sistemas políticos distintos, acreditando ser ótimo para compartilhar experiências. “Podemos ter opiniões diferentes sobre determinadas questões, mas gosto de lidar com os problemas em vez de evitá-los”, acrescentou.
Em relação à imposição de taxas adicionais sobre veículos elétricos chineses por parte da União Europeia, o premiê da Noruega comentou que nenhum país deveria impor tais tarifas, pois elas são punitivas e tendem a provocar retaliação, o que, em última análise, faz com que todos saiam perdendo.
Sobre o futuro da cooperação bilateral, Støre expressou a vontade de que mais intercâmbios comerciais aconteçam, especialmente nos setores de tecnologia e transformação verdes. “Também gostaria de ver mais intercâmbios entre os estudantes de ambos os países e podemos trabalhar juntos para buscar soluções para os grandes problemas globais”, finalizou.