O embaixador da China nos Estados Unidos, Xie Feng, pediu nesta terça-feira aos dois países que promovam conjuntamente suas relações, apesar das reviravoltas, concentrando-se em interesses comuns, bem como no diálogo e na cooperação.
Os laços China-EUA estão mais uma vez em um novo ponto de partida histórico, apontou o embaixador em um discurso em vídeo proferido no Fórum do Centro Carter em celebração ao 45º aniversário do estabelecimento das relações bilaterais.
“Fazendo um balanço dos últimos 45 anos, acreditamos que a inspiração mais importante é que a China e os Estados Unidos têm a ganhar com a cooperação e a perder com o confronto, e trabalharmos juntos é nossa única escolha correta”, explicou ele.
O embaixador disse que a concorrência entre os países deve ser como competir uns com os outros pela excelência em um campo de competição, não vencer um ao outro em um ringue de luta livre.
“A única maneira certa de se dar bem é o respeito mútuo, a coexistência pacífica e a cooperação ganha-ganha”, enfatizou, pedindo a rejeição da mentalidade da Guerra Fria.
“É nossa esperança sincera sermos parceiros e amigos dos Estados Unidos”, exaltou o embaixador.
Xie destacou a importância de remover obstáculos e provocar um novo boom nos intercâmbios entre pessoas, citando as recentes medidas que a China tomou para se abrir ainda mais e facilitar os intercâmbios e a cooperação bilateral.
A China está agora implementando ativamente a iniciativa do presidente Xi Jinping de convidar 50.000 jovens americanos para a China em programas de intercâmbio e estudo nos próximos cinco anos e implementou políticas para facilitar as viagens entre os dois países.
“Espera-se que o lado dos EUA trabalhe com a China na mesma direção, tome medidas para eliminar obstáculos nas políticas de viagens, vistos e entrada na fronteira, aumente significativamente os voos diretos, ajuste o aviso de viagem para a China o mais rápido possível, incentive e apoie intercâmbios empresariais, educacionais, culturais, esportivos, de jovens, subnacionais e de mídia e, especialmente, pare de interrogar, assediar e repatriar estudantes chineses”, enfatizou o embaixador.
É importante começar com pequenos passos que podem ajudar muito, concluiu.
Organizado conjuntamente pelo Centro Carter, pelo Comitê Nacional de Relações EUA-China, pelo Conselho Empresarial EUA-China e pelo Centro de Estudos Americanos da Universidade Fudan, o fórum contou com a participação de mais de 500 pessoas das comunidades acadêmicas e empresariais de ambos os países.