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CMG entrevista alto funcionário da Confederação Suíça

Neste sábado (3), o Grupo de Mídia da China (CMG) entrevistou o conselheiro federal da Conferação Suíça e ministro de Assuntos Econômicos, Educação e Pesquisa (EAER), Guy Parmelin, em Berna, capital da Suíça.

 

Em janeiro de 2024, Guy Parmelin presenciou a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, que tem como o tema “reconstrução da confiança”. Ao falar do enfrentamento ao déficit de confiança que está se expandindo sob a atual ordem internacional, o funcionário suíço  destacou a importância da reconstrução da confiança, apontando que isso poderá ajudar a terminar os confrontos que estão causando um grande número de feridos e mortos em vários cantos do mundo. Como um país com postura neutra, a Suíça se empenha em discutir e comunicar com todos os países do mundo nesse tema. Para ele, o Fórum Davos é uma plataforma para comunicação bilateral e multilateral, desempenhando um papel fundamental.

Quando avalia o discurso do presidente chinês, Xi Jinping, sobre a promoção determinante da globalização econômica. Guy Parmelin acredita que isso transmite um sinal de confiança mútua ao mundo. Para ele, a confiança recíproca é a base para o desenvolvimento de bons relacionamentos e já se tornou um consenso comum da comunidade internacional. A Suíça apoia as negociações e a comunicação entre diferentes países tanto da forma bilateral como da multilateral e está tratando o relacionamento com a China da mesma forma. A parte suíça firmou acordos de livre comércio com muitos países, o que é favorável para estabelecer a confiança mútua.

Ao referir-se ao agravamento da anti-globalização, unilatelarismo e protecionismo nos últimos anos, Guy Parmelin considera que os fenômenos transmitem um sinal de perigo para todos os países do mundo, causando uma ameaça para a economia e o bem-estar dos povos internacionais. A Suíça é um país pequeno beneficiado pelo multilateralismo como outras nações semelhantes. Para o funcionário suíço, é fundamental realizar comunicação nas organizações internacionais, como na Organização Mundial de Comércio (OMC), na qual as nações pequenas também podem desempenhar seus próprios papéis.

A Suíça é um dos primeiros países ocidentais que reconheceram a República Popular da China e estabelecem relação bilateral com o país, e também o primeiro país continental que assinou acordo de livre comércio com a China. Ao falar sobre as cooperações e desenvolvimento das relações entre os dois países, Guy Parmelin afirmou que 2024 é o 10˚ aniversário da implementação do acordo bilateral de livre comércio. Desde 2017, os dois países têm negociado sobre o aprimoramento de algumas áreas mencionadas no acordo. Na próxima etapa, ambas partes vão discutir a possibilidade de iniciar as negociações oficiais conforme a viabilidade de aprimoramento em cada uma área.

Ao falar do futuro da parceria econômica e comercial dos dois países, Guy Parmelin considera que ainda há muitas áreas para desenvolver conjuntamente. Por exemplo, os empresários suíços podem trazer às empresas chinesas a técnica especializada de um segmento, e a China pode aproveitar suas vantagens nas novas ciências e tecnologias, IA e digitalização.

Ao ponderar o papel desempenhado pela Suíça na Iniciativa Cinturão e Rota, o funcionário suíço apontou que como um dos países membros que fundaram o Banco Asiático de Investimentos de Infraestrutura (AIIE), a Suíça pode investir aos países que participam dessa iniciativa. Por exemplo, a parte suíça está disposto a injetar verbas no Uzbequistão, a fim de melhorar o abastecimento de água nesse país. Para ele, essa iniciativa concretiza os benefícios recíprocos.

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